Pelo menos 1.5 milhão, dos 5.7 milhões de habitantes da província de Nampula, têm acesso à energia eléctrica, um indicador que fez subir o nível de cobertura para 26 por cento até 2018, contra 18 por cento registado até 2014.
Apesar desta subida, segundo o director provincial de Energia e Recursos Minerais de Nampula, Olavo Deniasse, a província persegue ainda a média nacional de 31 por cento.
“É verdade que ficamos atrás de apenas algumas províncias, casos de Sofala, mas estamos a envidar esforços para chegar aos 31 por cento de cobertura, tendo em conta também os dados do censo divulgados, recentemente, que dão conta que somos 5.7 milhões de habitantes”, esclareceu o director, em entrevista à AIM.
Deniasse esclareceu que o nível de cobertura alcançado tem como fundamento o facto de, actualmente, dos 77 postos administrativos da província, 63 já estarem electrificados, tal como se verifica em 131 das 196 sedes de localidades, mas a meta prevista para o quinquénio em curso era de 56 por cento.
“Neste balanço podemos verificar que todas as 23 sedes distritais estão ligadas à rede de energia nacional, sendo que, em função disso, a expansão para outras zonas ganhou mais velocidade”, disse.
Deniasse realçou que a montagem de equipamentos adequados teve como resultado a melhoria da qualidade e cada vez menos cortes no fornecimento de energia eléctrica neste território.
“Por exemplo, da barcaça instalada em Nacala-Porto, que fornecia, inicialmente, 85 por cento de energia para as nossas necessidades, actualmente, baixou para 35, porque a Electricidade de Moçambique (EDM) realizou um grande esforço para melhorar”, afirmou.
A alternativa à rede nacional está a ser uma realidade na província de Nampula, casos dos postos administrativos e localidades, escolas e unidades sanitárias em várias zonas.
“São os casos onde temos centrais fotovoltaicas, com tendência a aumentar, com a colaboração do FUNAE (Fundo Nacional de Energia) na implantação de pequenas centrais”, disse Deniasse, para quem, neste contexto, há financiamento garantido para Chihulo, no distrito de Malema, e Méti, em Lalaua.
A electrificação, segundo Deniasse, foi, igualmente, estendida para locais de importância social, como escolas gerais e técnicas, centros de formação e hospitais.
“Neste sentido foram electrificadas duas escolas em Murrupula, uma em Malema e outra em Mogovolas, e os hospitais de Monapo e Memba, centro de saúde de Rapale e Instituto de Ciências de Saúde de Nacala-Porto, bem como a localidade de Mucoroge, em Moma, uma importante zona de produção de pescado”, explicou.
No meio destas iniciativas, que a fonte considera bem sucedidas, o sector depara-se com o problema de infra-estruturas de transporte para a sua distribuição.
“Podemos ter energia disponível, mas é importante fazê-la chegar até ao consumidor. Temos tido muito trabalho, por exemplo, na remoção de postes e fios inadequados, mas a demanda é cada vez mais crescente, sem contar com os que se dedicam a roubar e a vandalizar os nossos equipamentos. Mas a visão continua a mesma de melhorar a qualidade de energia oferecida”, vincou.
A província de Nampula conta com 23 sedes distritais, 77 postos administrativos e 196 sedes de localidades.

 

    Fonte:Jornal Notícias

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