Participantes à primeira Cimeira sobre a Paz e Reconciliação Nacional, que decorre desde ontem na cidade da Beira, estão esperançados no alcance da paz efectiva no país, a muito breve trecho.
Políticos, académicos, governantes, embaixadores e a liderança tradicional vêem no evento que decorre sob auspícios do Conselho das Religiões de Moçambique um marco importante para o reinício da reconciliação entre as partes desavindas.
País deve reconciliar-se
O Presidente do Conselho das Religiões de Moçambique, Sheik Aminuddin Mohamad, afirmou que o diálogo que se intercede pela actuação divina conduz a uma reconciliação. Para aquele líder religioso há uma necessidade de todo o povo se reconciliar para que a paz reine para todo o sempre.
Sheik Aminuddin, que fez parte do tema inaugural referente a como a paz e reconciliação são vistas do ponto de vista do reino de Deus e seus efeitos para a nação, enfatizou que na sua actuação as pessoas devem exercer actividades que o divino prescreveu.
Já o embaixador norte-americano em Moçambique, Dean Pittman, que está a participar na cimeira, disse a jornalistas ser optimista quanto ao alcance da paz efectiva no país. Pittman congratulou a iniciativa do Conselho das Religiões, ao promoverem o encontro que, segundo afirmou, visa a paz como fonte do bem-estar.
Urgente consolidar a paz
“É urgente a consolidação da paz. A iniciativa do Conselho das Religiões é louvável e a nossa participação colectiva poderá ajudar o alcance mais rápido possível”, disse.
Dos discursos aos actos
Aquele político que em tempos foi a figura do topo da Renamo avançou ainda que a paz e reconciliação só se tornam eficazes quando se concretizam e não pelos discursos.
“Continuamos a aguardar com muita esperança, a avaliar pelo que se fala nos últimos tempos, algo que possa mudar para melhor”, disse aquele político.
Domingos defende a necessidade de o debate sobre a paz e reconciliação ser o mais abrangente possível, não obstante reconhecer como principais protagonistas deste o Governo e a Renamo.
“Há que incluir mais intervenientes neste processo que se pretende colectivo. A paz é para todos e por isso todos devem estar juntos e ainda procurar trabalhar no sentido de se respeitar as diferenças. Pretendemos que neste evento se fale isso, pois a oposição neste país é sinónimo de ser esquecido e preterido, enquanto noutros pontos se vê como um dos elementos de respeito, porque tem uma opinião contrária”.
A religião promove o bem
Manteiga, que reconhece o poder persuasivo da religião, referiu que em nada vale falar de paz se as questões eleitorais não são sanadas.
“O que mais provoca crispações são as fraudes eleitorais, que haja justiça eleitoral e teremos a paz efectiva”, disse, para depois acrescentar que tem de se começar a criar mecanismos para que o pensar diferente não seja motivo de confusão e retracção.
Vamos colher bons frutos
“O futuro de Moçambique é a paz, é por isso que a iniciativa do Conselho das Religiões é de louvar”, explicou Moda, sugerindo que iniciativas do género precisam ser replicadas em todas as províncias do país.
Fonte:JornalNoticias