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David Simango vai a julgamento por corrupção

MAPUTO- À frente dos destinos da autarquia da capital de Fevereiro de 2009 a Fevereiro de 2019, David Simango é acusado de ter recebido um apartamento tipo 3 da empresa Epsilon Investimentos SA como compensação por ter cedido a parcela e concedido DUAT para que esta empresa edificasse o seu projecto de condomínio.Trata-se de um imóvel, sito no quinto piso, com uma área bruta de 185m3, 18,3m3 de arrumos na cave e dois lugares para estacionamento na cave, no Condomínio 24, localizado na Avenida 24 de Julho.Para o efeito, o Gabinete Central de Combate à Corrupção (GCCC) refere, na acusação que para dissimular a natureza gratuita da cedência do imóvel a si atribuído o arguido David Simango se valeu da declarante Celestina Gonzaga, sua esposa, que rubricou a 20 de Julho de 2011 um contrato-promessa de compra e venda com a EpsilonInvestimentos SA, representado pelos respectivos PCA, Abdul Magid Osman, e o administrador, Nuno de Melo Egídio.Tal contrato, no entender do GCCC, não passou de uma artimanha das partes, na medida em que valeria tão-somente para justificar a cedência do apartamento ao antigo autarca.Segundo o GCCC, passados nove anos, nunca houve o propósito de transmissão do apartamento em causa, a título oneroso, de tal sorte que desde então a promitente compradora nunca efectuou o desembolso de qualquer soma que fosse, tão-pouco o promitente vendedor se importou em accionar as cláusulas contratuais decorrentes deincumprimento, nos termos em que as partes estipularam no contrato. Nos termos contratuais, o GCCC refere que Celestina Gonzaga despenderia pelo apartamento o valor de 457 mil dólares, o que nunca chegou a acontecere mantendo o património na esfera familiar.Assim, para o GCCC, a cedência do imóvel a David Simango, por intermédio da sua esposa, não passou de uma “oferta”da EpsilonInvestimentos SA como forma de gratidão por ter logrado materializar os seus projectos imobiliários.O arguido, segundo o GCCC, estava vedado de receber benefícios e/ou oferta dos executivos da EpsilonInvestimentos SA, dado que na qualidade de autarca interveio em diversos processos de concessão de DUAT afavor da referida sociedade.O GCCC indica na acusação que o imóvel está apreendido, bem como a quantia de 122 mil meticais referente àúltima renda do inquilino ocupante do imóvel. Fonte:Jornal Notícias

Fonte: Folha de Maputo