Daviz Simango entrou em Maputo com frio e foi aquecer Malhampwene

O dia de hoje nasceu com umas pancadas de chuva de granizo nalgumas zonas da província de Maputo, mas seguramente que não era uma conspiração divina para atingir o candidato presidencial do Movimento Democrático de Moçambique porque momentos depois o tempo abriu e o trabalho de “caça ao voto” iniciou na zona de Palmeiras, no distrito da Manhiça onde para alem de um discurso pontual apresentou o candidato ao cargo de governador da província de Maputo pelo MDM, Augusto Pelembe.

Entretanto, o grande momento do dia estava reservado para o mercado de Malhampwene, no município da Matola, onde perante um público maioritariamente jovem apresentou um discurso que resume a mensagem que foi deixando nas nove províncias que já percorreu, volvidos 30 dias de campanha eleitoral rumo às eleições de daqui a duas semanas.

Sobre a democracia e tolerância política, mostrou-se crítico à narrativa política actual em que o discurso aponta para a reconciliação nacional e tolerância política, mas os últimos acontecimentos que viveu na província de Gaza entram por uma via totalmente contrária.

“Se você não permite que um partido politico apresente as suas ideias, manifeste politicamente o que pensa, procuras barrar, lançar pedras, então estas muito longe de ser um democrata. Nós como MDM vamos criar condições para que haja igualdade e equilíbrio social”.

O seu manifesto eleitoral tem um enfoque na exploração de recursos naturais e a tónica do seu discurso tende para uma priorização das comunidades onde os mesmos são explorados, por isso entende que “se queremos desenvolver Moçambique lá onde extraímos os recursos vamos começar por beneficiar aquela população porque se não fizermos isso aquela gente sente-se discriminada, excluída e fica vulnerável à violência, por isso há muitos conflitos onde há exploração de recursos naturais. Tive a oportunidade de visitar Cabo Delgado.

O grande problema é a explosão. Uns tiram e outros só vê poeira. Todos queremos dividir a nossa riqueza. Temos que treinar os moçambicanos para gerirem as nossas riquezas. Se não damos oportunidade aos moçambicanos, amanha Moçambique vai ser governado e controlado por estrangeiros”.

Num país onde grande parte da população vive nas zonas rurais e tem a agricultura como principal fonte de subsistência, a sua estratégia passa por criar condições de ligação entre as zonas de produção e os grandes mercados consumidores e definir instituições para intermediarem o negócio entre os produtores e os compradores.

Para os funcionários públicos, sobretudo os dos sectores de Saúde e Educação promete melhorar os salários, criar um crédito de habitação e seguro de saúde.

Na província de Maputo, de Maputo estão inscritos perto de 295 473 eleitores e estão disponíveis 20 mandatos para a Assembleia da República.

 

Fonte:O País

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