Uma delegação da Coreia do Sul iniciou hoje uma visita de três dias a Pyongyang para comemorar a histórica cimeira realizada entre os dois vizinhos em 2017, em mais um passo de reaproximação dos dois países.

A delegação sul-coreana, chefiada pelo Ministro da Unificação da Coreia do Sul, Cho Myoung-gyon, é composta por cerca de 160 pessoas. Na sexta-feira, a delegação vai participar na cerimónia de comemoração da segunda cimeira histórica entre os dois países, onde o ex-líder norte-coreano, Kim Jong-il, recebeu o Presidente sul-coreano Roh Moo-hyun.

Espera-se que o ministro da Unificação da Coreia do Sul tenha um encontro com o seu homólogo norte-coreano, para discutirem a implementação do acordo assinado entre os dois países em  Setembro último.

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, assinaram em meados de Setembro uma declaração conjunta que poderá ser importante para o futuro diálogo sobre a desnuclearização da península entre Pyongyang e Washington.

Durante a cimeira, que durou três dias, os ministros da Defesa das duas Coreias,   assinaram ainda um histórico acordo militar, que reduz a possibilidade de se produzirem choques fronteiriços entre os respectivos exércitos.

Na declaração conjunta, Kim Jong-un prometeu visitar Seul “num futuro próximo”, o que a acontecer tornará Kim no primeiro líder norte-coreano a visitar a capital da Coreia do Sul, desde que a península foi dividida em Norte e Sul no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945.

O falecido pai de Kim, Kim Jong-il, prometeu fazê-lo quando líderes sul-coreanos  visitaram Pyongyang, em 2000 e 2007, mas a viagem a Seul nunca aconteceu.

No próximo domingo é a vez do Secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, deslocar-se a Pyongyang para se encontrar com o líder Kim Jong-un para tentar acelerar o processo de desnuclearização da península.

Pyongyang já advertiu Washington que uma eventual declaração de fim da Guerra da Coreia não pode ser moeda de troca nas negociações sobre desnuclearização, mas o fim das sanções ao país poderá ser um passo nesse sentido.

Se Washington pretende progressos na desnuclearização norte-coreana deve suspender as sanções, declarou na terça-feira a agência de notícias norte-coreana.

Os Estados Unidos recusaram categoricamente até agora qualquer alívio das sanções internacionais, querendo ver primeiro o fim da desnuclearização da península e que esta seja verificada de forma independente.

A Guerra da Coreia (1950-53) terminou com a assinatura de um armistício, mas nunca foi assinado um tratado de paz, por isso os dois países continuam tecnicamente em guerra.

    Fonte:Jornal Notícias

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