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Desvalorizaram-se activos da CMH no ano económico 2021

Os activos da empresa pública Companhia Moçambicana de Hidrocarbonetos (CMH) sofreram uma depreciação durante o ano económico 2021 da organização, que partiu em Julho de 2020 e fechou em Junho de 2021. Com a multinacional Sasol, a CMH dedica-se à exploração, processamento e venda de gás natural extraído a norte da província de Inhambane.

 

Dados constantes em Relatório e Contas da firma, subsidiária da Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) – braço direito do Estado nos negócios de exploração de hidrocarbonetos – indicam que, em 2020, a CMH detinha um activo total avaliado em 354 milhões de USD, mas 12 meses depois caiu para 320.9 milhões de USD. O documento não avança as razões da queda.

 

Do balanço da empresa verifica-se ainda que o capital próprio também sofreu alterações negativas durante o ano económico de 2021, tendo-se fixado em 203.5 milhões de USD contra 210.7 milhões do exercício anterior.

 

Entretanto, a CHM esforçou-se em saldar a dívida com os fornecedores e não só, tendo o passivo total reduzido consideravelmente, fixando-se em 117.3 milhões de USD em 2021, contra 143.4 milhões de USD em 2020.

 

Num ano marcado pela crise pandémica que desvalorizou o preço do gás natural, a CMH viu suas receitas reduzirem de 24.7 milhões de USD registados em 2020 para 11.4 milhões de USD, o que representa uma queda de cerca de 54%.

 

No último ano económico, a CMH tendeu a investir menos para operações da empresa. Em 2021, os custos operacionais atingiram 11.8 milhões de USD contra 12.2 milhões de USD aplicados em 2020. Os custos administrativos (custos com pessoal, remunerações aos administradores) também verificaram uma considerável redução em 2021, tendo-se fixado em 6.7 milhões de USD contra 7.9 milhões de USD registados em 2020.

 

Para auditar as contas, a CMH contratou a KPMG, que concordou com o relato contabilístico feito por aquela empresa pública.

 

A CMH, SA é a parceira moçambicana no Consórcio (JO – Joint Operation) do Projecto de Gás Natural de Pande e Temane (PGN). São parceiros da operação conjunta, a Sasol Petroleum Temane (SPT), que é a operadora dos campos de gás de Pande e Temane e é entidade moçambicana subsidiária da sul-africana Sasol Exploration and Production International (SEPI), com participação de 70%. A CMH conta com participação de 25% e o International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, com participação de 5%. (Evaristo Chilingue)

Fonte: Carta de Moçambique