O Provedor da Justiça, Isac Chande, afirma que a detenção da antiga embaixadora de Moçambique em Angola, Helena Taipo, ocorrida, terça-feira, em Maputo, constitui uma prova de que já existem condições para combater a impunidade no sector da administração da justiça no país.

Chande disse esperar que a detenção de Helena Taipo marque uma nova etapa no sistema de administração da justiça moçambicana.
O provedor da justiça falava ontem, em Maputo, no decurso de um seminário sobre o direito da família nas ordens jurídicas de Moçambique, Macau e China, um evento organizado pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM) em parceria com a sua congénere do Macau.
“Nós temos de transmitir à nossa sociedade que, hoje, no país há condições para combatermos a impunidade e isso é um aspecto fundamental. Espero também que estas e outras detenções possam marcar o ponto de inversão na actuação na nossa administração de justiça, porque a lei da nossa Constituição é clara e aplicável a todos”, disse o provedor da justiça, citado pela Rádio Moçambique, emissora nacional.

Taipo foi detida em conexão com um caso de corrupção, ocorrido pouco antes do término do seu mandato, em 2014, quando ela teria, supostamente, recebido uma soma de 100 milhões de meticais, ilicitamente, retirados do Instituto Nacional do Segurança Social (INSS), uma instituição subordinada ao Ministério do Trabalho.
O montante foi, alegadamente, transferido do INSS para as contas de Helena Taipo, como agradecimento pela assinatura de contratos imobiliários e de prestação de serviços entre o INSS e diversas empresas.

    Fonte:Jornal Notícias

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