Segundo Bissopo, há dois pontos que prevalecem na mesa do diálogo, nomeadamente a descentralização e questões de defesa e segurança, ou seja, o desarmamento, desmobilização e integração dos homens da Renamo nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), não havendo ainda consenso entre as partes.
O secretário-geral da Renamo falava terça-feira, em Chimoio, no decurso da cerimónia de inauguração da nova delegação política provincial da organização, que passou a funcionar nas instalaçoes da antiga representação da cidade, em virtude da sua destruição, por fogo posto, em 2016.
Na ocasião, Bissopo afirmou que o dialogo está a fluir, mas a Renamo quer uma nova dinâmica no desenrolar do mesmo, com o objectivo de se alcançar, o mais depressa possível, a paz definitiva almejada por todos moçambicanos.
Indicou que são estes dois pontos que continuam a condicionar a saída de Afonso Dhlakama das matas da Gorongosa. Porém, apesar dessa morosidade, Manuel Bissopo afirmou que é preciso confiar nas duas lideranças.
“Primeiro, devemos depositar confiança nas lideranças. Elas estão a trabalhar normalmente. Apesar de algum atraso, sinto, como membro da Renamo e secretário-geral, que as coisas deviam ter uma velocidade, se calhar, um pouco mais satisfatória para termos, definitivamente, uma paz efectiva que todos almejamos”, disse.
O secretário-geral da Renamo manifestou-se esperançado no desfecho satisfatório dos assuntos que estao a ser tratados na mesa do diálogo, nos próximos dias.
Apelou para que os moçambicanos continuem a confiar nas lideranças e tenham paciência, pois tudo está ser feito no sentido de haver entendimento entre as partes, o mais brevemente posssível.
As sedes da Renamo em Manica foram incendiadas por desconhecidos até agora a monte, sendo que a reabilitação da sede provincial daquela formação política precisa de mais de dez milhões de meticais.
Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/politica/74706-dialogo-politico-bissopo-alega-morosidade.html