O Município de Maputo vai lançar, brevemente, concursos públicos para a construção de mais dois silos-autos, na baixa da cidade. A edilidade pretende ainda procurar parceiros para a construção do terceiro silo na antiga FACIM.

O dia-a-dia dos munícipes e utentes da Cidade Maputo é marcado por sofrimento para estacionar viaturas. Os passeios não suportam mais a quantidade de veículos que afluem à zona baixa da capital do país.

Para reduzir o sofrimento, o Município de Maputo inaugurou, em Fevereiro deste ano, o seu primeiro silo-auto, com capacidade para receber mais de 400 viaturas. Agora, em Junho, cinco meses depois, a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento ainda se debate com fraca afluência de utentes, por supostamente ter taxas altas, o que não constitui a verdade, na opinião de João Ruas, PCA da instituição.

“A taxa não é alta. Nós estamos a cobrar 20 Meticais por hora para o estacionamento. Se vocês forem aos parques do JAT, cobra-se 300 a 400 Meticais por dia por um silo que é igual ao nosso. Eu compreendo que é algum dinheiro a ser desembolsado, mas algo tem de ser feito”, explicou João Ruas, Presidente do Conselho de Administração da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento.

Ruas diz que a empresa Municipal vai buscar fundos para elevar mais dois pisos no silo-auto do Mercado Central para oferecer mais espaço aos automobilistas.

“Em relação aos pisos três e quatro do silo do Mercado Central, o edifício está preparado para erguer toda a infra-estrutura, mas ainda não temos fundos”, disse.

A entidade revela ainda que vai lançar um concurso público para a construção de mais dois silos no JAT e no antigo espaço da FACIM.

“Vamos lançar, brevemente, concursos públicos para o silo no JAT 1 e no JAT 2 e vamos tentar, também, com parceiros, ver como é que podemos usar parte do terreno da FACIM para podermos fazer também um parque de estacionamento”, avançou o responsável.

Apesar das dificuldades, a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento diz que tem tido, em média, uma receita mensal e global de cerca de 10 milhões de Meticais.

“Eu não faço contas de quanto é que a empresa arrecada por multas, porque multas não são a nossa prioridade. A multa é uma medida disciplinar e só deve ser aplicada por violações de trânsito. Nós já tivemos receitas muito altas, com cerca de 6, 7 a 10 milhões por mês”, concluiu.

Refira-se que a edilidade suspendeu, por quinze dias, terminados este sábado, a cobrança de multas de estacionamento aos automobilistas, para levar a cabo actividades de sensibilização para boas práticas na via pública.

Fonte:O País

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