ELEIÇÃO INTERCALAR DE 24 DESTE MÊS: Candidatos já se batem pelo voto em Nampula

ARRANCOU ontem na cidade de Nampula a campanha para a convencer o eleitorado que, a 24 deste mês, vai escolher o novo presidente do Conselho Municipal daquela autarquia, numa eleição intercalar determinada pela incapacidade permanente do anterior edil, Mahamudo Amurane, assassinado a 4 de Outubro de 2017, na sua residência.

Na abertura da “caça ao voto”, os partidos e candidatos privilegiaram desfiles e comícios para um primeiro contacto com os eleitores.

Ontem, todos os concorrentes se fizeram à rua com relativo atraso em relação aos horários pré-estabelecidos no seu programa de actividades distribuído à Imprensa. No entanto, o mesmo não aconteceu em relação à colocação de propaganda, já que, pontualmente à meia-noite de ontem, praticamente todos os partidos e candidatos começaram a povoar a cidade com as suas mensagens de apelo ao voto, inscritas em dísticos e cartazes.

A Frelimo foi a primeira a sair à rua e, depois de percorrer algumas artérias com um cortejo “bem composto”, foi parar à Muhala-expansão, na conhecida zona dos macondes, onde membros e simpatizantes do partido se juntaram para um animado showmício, onde a tónica era o slogan do seu candidato “com Cololo Nampula avança”.

Coube ao secretário-geral do partido, Roque Silva, apresentar formalmente o candidato. Presentes na cerimónia estiveram alguns membros da Comissão Política e do Comité Central da Frelimo, e diversas individualidades, que emprestaram ao arranque da campanha do seu partido uma solenidade e atenção especial.

A Renamo e o MDM fizeram-se, logo a seguir, à rua, igualmente arrastando consigo membros e simpatizantes em viaturas e motorizadas, mas maioritariamente caminhando a pé, tendo à cabeça do cortejo os respectivos candidatos.

Paulo Vahanle, da Renamo, foi desaguar na Muahala-expansão, onde se dirigiu ao eleitorado pedindo o voto, enquanto Carlos Saide esteve no populoso bairro de Namicopo.

De forma mais pacata apresentaram-se os candidatos do PAHUMO e AMUSI, respectivamente Filomena Mutoropa e Mário Maquinasse, pois estes optaram por fazer comícios junto às sedes dos seus partidos.

Aliás, mesmo em termos de material de campanha, o PAHUMO e AMUSI são os que menos aparecem. Se Filomena Mutoropa pelo menos tem alguns panfletos, com a sua imagem estampada, espalhados por alguns cantos da cidade, incluindo algumas camisetas; de Maquinasse apenas se viam panfletos no local do comício, onde um pequeno grupo de pessoas estava vestido com camisas feitas de ráfia, com a inscrição: “Vota AMUSI”.

Ao longo do dia de ontem não foram reportados quaisquer actos de violência, não obstante algumas caravanas de um e outro partido terem-se cruzado nas ruas. A Polícia esteve a acompanhar os cortejos dos desfiles e não só, como também marcou presença em massa nas ruas, avenidas e bairros suburbanos, particularmente nos locais dos comícios, para garantir a ordem e tranquilidade públicas.