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O repúdio foi apresentado esta quarta-feira (23) em Maputo, pelo vice-Presidente daquele pelouro, Fernando Lima, na sequência de imagens e noticiários veiculados em diversos canais de comunicação social nacionais e internacionais, dando conta de uma acção inapropriada cometida pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, na segunda-feira (21), dia das manifestações, ao lançar gás lacrimogéneo contra jornalistas.

 

Na altura, os profissionais de comunicação social encontravam-se no ambiente dos protestos a entrevistar Venâncio Mondlane, candidato presidencial, às eleições de 9 de Outubro. O Pelouro dos Serviços de Comunicação e Informação da CTA, articulado com os respectivos membros, repudia o acto bárbaro e todo o tipo de violência contra os jornalistas, em pleno exercício das suas actividades.

 

Para além de repudiar, em nome da CTA, Lima, que também é jornalista, solidarizou-se com todos os profissionais de comunicação social que, em resultado da sua dedicação e profissionalismo, contraíram ferimentos e/ou perderam o seu equipamento de trabalho. Apelou à classe de jornalistas à observância de medidas de segurança, mesmo em actividade, de modo a não se exporem ao risco e eventuais situações que possam resultar em ferimentos graves e até morte.

 

Refira-se que, sobre o caso, o Misa Moçambique pretende submeter uma queixa-crime à Procuradoria-Geral da República contra a polícia, pelo uso desproporcional da força que culminou com o ataque a jornalistas durante as manifestações de segunda-feira. A informação foi avançada na terça-feira (22), pelo Director Executivo do Misa Moçambique, Ernesto Nhanale.

 

Nhanale disse, em conferência de imprensa, que os agentes do Estado, que atentaram contra o direito à liberdade de imprensa e o direito à manifestação, devem ser responsabilizados.  “Vamos fazer uma participação. Aquele foi um crime público e é dever da Procuradoria-Geral da República, antes da nossa participação, fazer a sua investigação. Naquele momento, não estavam em nenhuma acção ofensiva. Naquele espaço, as imagens mostram que estava a decorrer a conferência de imprensa e ninguém estava a atirar algo contra a polícia”, disse Nhanale.

 

O Conselho Superior da Comunicação Social, o Sindicato Nacional de Jornalistas, empresas de comunicação nacionais e estrangeiras (como DW da Alemanha) também já repudiaram veementemente o ataque a jornalistas. (Carta)

Fonte: Carta de Moçambique

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