“MUDANÇA” foi uma das palavras que mais se ouviu durante a campanha eleitoral. Será que os eleitores angolanos optaram pelas mudanças prometidas pelo partido no poder, o MPLA, ou preferiram as alterações prometidas pelas outras cinco forças políticas que concorrem nestas eleições.

A votação foi ontem e quer a CNE e quer observadores disseram que processo foi, de modo geral, tranquilo, apesar de “pequenas falhas”.

Foram 9.317.294 os angolanos chamados a votar nas quartas eleições, as segundas nos moldes actuais, com eleição directa do Parlamento e indirecta do Presidente da República, que será o cabeça-de-lista do partido mais votado.

Para prevenir uma abstenção significativa, os cabeças-de lista, portanto, os candidatos à Presidência da República, apelavam, depois de votarem, à população a ir votar.

Cinco partidos e uma coligação concorriam a estas eleições: o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), com João Lourenço como seu candidato à chefia do Estado, a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), com Isaías Samakuva, a Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), com Abel Chivukuvuku, o Partido de Renovação Social (PRS), com Benedito Daniel, a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA), com Luca Ngonda, e a Aliança Patriótica Nacional (APN), com Quintino Moreira.

Sem José Eduardo dos Santos, que aos quase 75 anos de idade deixa a Presidência da República após 38 anos, o MPLA é favorito para ganhar mais uma vez e obter a Presidência para o candidato e herdeiro político de dos Santos, o ministro da Defesa João Lourenço, de 64 anos.

RESULTADOS

O Presidente cessante votou por volta das 08:30 horas na escola primária de São José de Clunny, no centro de Luanda, juntamente com a mulher, Ana Paula dos Santos. Edua5rdo dos Santos cumprimentou os observadores internacionais no local, incluindo os antigos Presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano, de Timor-Leste, José Ramos-Horta, e o antigo primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves, entre outros. O Chefe de Estado angolano não falou aos jornalistas.

O presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), André da Silva Neto, prometeu para a tarde de hoje o anúncio dos resultados parciais.

O presidente do Tribunal Constitucional de Angola, Rui Ferreira, apelou aos candidatos para que recebam os resultados em respeito à vontade popular.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/internacional/70754-eleicoes-em-angola-votacao-tranquila-apenas-com-pequenas-falhas.html

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