O COMANDANTE da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), Xolani Mankayi, assumiu o compromisso de erradicar o terrorismo em Cabo Delgado, restaurar a paz e a segurança pública na região.

O general sul-africano falava em Pemba, capital de Cabo Delgado, no lançamento oficial da Força em Estado de Alerta da SADC, acto testemunhado pelos presidentes de Moçambique, Filipe Nyusi, e do Botswana, Mokgweetsi Masisi.

Trata-se de uma força que integra contingentes da África do Sul, Botswana, Angola, Lesotho e Tanzania que, em parceria com o contingente ruandês, deverá ajudar as Forças de Defesa e Segurança (FDS) a combater o terrorismo que assola Cabo Delgado.

“A SADC está a assumir a responsabilidade de apoiar o país irmão, Moçambique, a erradicar e estancar a crueldade do terrorismo imposto ao povo moçambicano”, afirmou o major-general sul-africano Xolani Mankayi.

A Missão Militar da SADC, prosseguiu, vai empenhar-se na expulsão e eliminação do terrorismo e do extremismo violento do território moçambicano, para que as populações possam voltar à casa e retomar as suas vidas.

“O nosso mandato é a reposição da ordem e segurança para que as populações possam viver em paz”, destacou o comandante da Força em Estado de Alerta da SADC, para quem a criação de condições para a assistência humanitária às vítimas do terrorismo é também uma das funções desta missão.

Mankayi assegurou que a Missão Militar da SADC vai actuar em estreita colaboração com as FDS e o contingente militar do Ruanda, cuja presença tem sido preponderante nos ganhos registados nas últimas semanas contra os terroristas.

O comandante da Força em Estado de Alerta da SADC assinalou que a missão tem uma duração de três meses prorrogáveis, em função da “evolução da situação operacional”.

A Força em Estado de Alerta está em Moçambiqueno quadro do Pacto de Defesa Mútua da organização regional assinado em Dar-es-Salaam, Tanzania, em vigor desde 2008. O artigo seis do Pacto refere que um ataque armado a um Estado-membro é considerado como uma ameaça à paz e segurança regional. Esse ataque será respondido com uma acção colectiva imediata por todos os Estados-membros.

O número dois do mesmo artigo indica que a acção colectiva deve ser determinada pela Cimeira da SADC, sob recomendação do órgão, bem como cada Estado-membro participará na referida intervenção da forma que julgar apropriada.

Não é publicamente conhecido o número de militares que a organização enviou a Moçambique, mas peritos da SADC que estiveram em Cabo Delgado já tinham avançado em Abril que a missão deve ser composta por cerca de três mil soldados.

As FDS moçambicanas contam, desde o início de Julho, com o apoio de mil militares e polícias do Ruanda para a luta contra os terroristas, no quadro de um acordo bilateral entre o Governo moçambicano e as autoridades de Kigali.

Fonte:Jornal Notícias

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