O Governo convida os empreiteiros e a Ordem dos Engenheiros de Moçambique para, em conjunto, participarem na definição de preços de referência, com vista a reduzir o nível de discrepância de valores nas propostas apresentadas nos concursos públicos.

O convite foi expresso pelo Ministro das Obras Públicas e Habitação, João Machatine, quando falava, há dias, na capital moçambicana, num evento organizado pela Federação Moçambicana de Empreiteiros (FME).

Reconheceu, na ocasião, que o regime de economia de mercado que o país adoptou exerce alguma pressão sobre o empresariado nacional, particularmente as firmas de construção civil que são chamadas a ser mais competitivas, quer sob ponto de vista técnico, quer financeiro.

Em relação à componente técnica, João Machatine assegurou que o seu ministério tem pouco a dizer, senão reconhecer a capacidade instalada nas empresas nacionais.

“Temos sim um desafio de nos ajustarmos na componente financeira, tendo em conta que a economia de mercado gera a entrada de novos ʻplayerʼ no mercado, que trazem uma abordagem diferente que obrigam-nos a rever aquilo que é a nossa estratégia e estrutura de custos para nos tornarmos mais competitivos”, apontou.

É neste contexto que, segundo Machatine, o Executivo, em particular o seu ministério, põe-se à disposição da Federação Moçambicana dos Empreiteiros para, juntamente com outros intervenientes, poderem definir os preços de referência.

“Acreditamos que esta revisão irá nos fazer com que eliminemos algumas gorduras que existem na nossa estrutura de custos, portanto, o ministério está à vossa disposição para esse fim”, referiu o ministro.

Por seu turno, o presidente da Federação Moçambicana dos Empreiteiros, Manuel Pereira, enalteceu as boas relações existentes entre a sua agremiação e o Governo, considerando que, no caso particular do Ministério das Obras Públicas e Habitação, usam a mesma linguagem na procura de soluções dos problemas que afectam o sector de construção.

Pereira assegurou também a disponibilidade da federação para integrar todos os esforços orientados para a solução dos problemas em infra-estruturas com que o país se depara.

“Portanto, convidamos os empreiteiros e os construtores, no geral, para seguirem este caminho, porque só assim se constrói Moçambique”, sustentou Pereira.

    Fonte:Jornal Notícias

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