O Conselho Nacional do Ensino Superior (CNES) cujos membros foram empossados, ontem, pelo Primeiro-Ministro, Carlos Agostinho do Rosário, entende ainda que a eliminação das lacunas de preparação com as quais o estudante chega ao ensino superior é outro imperativo para que se alcancem as mudanças almejadas no sector.
Narciso Matos, reitor da Universidade Politécnica, que falou na cerimónia em representação de todos os membros do CNES, disse ser importante que o estudante chegue à universidade para aprender, por exemplo, agricultura, mecânica, engenharia ou outro saber, e não ainda para tentar consolidar a elaboração de uma frase ou a explanação por escrito da ideia que tem em mente.
Matos, que já foi reitor da Universidade Eduardo Mondlane, disse ser também necessário que as instituições de ensino superior nacionais assumam o desafio de internacionalização, pois Moçambique não é uma ilha, e sim uma parte de um mundo global: Têm muito a aprender, mas também a ensinar às suas congéneres.
No seu discurso de posse aos 20 membros do CNES, Carlos Agostinho do Rosário reiterou a necessidade de o órgão contribuir para uma maior qualidade do sector através de emissão de propostas de melhoria no funcionamento das instituições e mecanismos de formação dos futuros quadros.
Lembrou que para o ensino superior, o maior desafio na actualidade é garantir uma formação de qualidade e que responda às novas exigências do mercado de trabalho, num contexto de rápida expansão territorial de instituições, quer públicas quer privadas.
“A formação de qualidade deve estar orientada para a pesquisa e extensão de modo a contribuir na busca de soluções para os principais desafios socioeconómicos das nossas comunidades”, destacou o Primeiro-Ministro.
Disse esperar que os membros do CNES assegurem que a expansão e o alargamento do acesso ao ensino superior sejam acompanhados de uma elevação contínua da qualidade do serviço.
O CNES é um órgão de consultivo do Conselho de Ministros que exerce a função de articulação e planificação integrada do ensino superior, e funciona sob presidência do ministro que tutela a área.
Integram o órgão representantes do Conselho de Reitores de Moçambique, de Institutos Politécnicos, do Governo, Sociedade Civil e do sector produtivo. Estão igualmente representados docentes universitários e a união dos estudantes.
Fonte:Jornal Notícias