Erdogan, Merkel, Macron e Johnson discutem Síria e migrantes

Os dirigentes da Turquia, França, Alemanha e Reino Unido discutiram esta terça-feira por teleconferência a situação na Síria e a questão dos migrantes, indicou a presidência turca.

 

Durante esta cimeira realizada à distância devido ao novo coronavírus, Recep Tayyip Erdogan, Emmanuel Macron, Angela Merkel e Boris Johnson também evocaram uma possível “acção conjunta” contra a propagação da pandemia, segundo a mesma fonte.

A discussão, que estava inicialmente prevista para decorrer em Istambul, focou-se na “resolução da crise na Síria, na ajuda humanitária em Idlib, província rebelde no noroeste da Síria e no afluxo de migrantes”, adiantou.

A Turquia, que acolhe cerca de quatro milhões de refugiados, na sua maioria sírios, abriu no final de Fevereiro as suas fronteiras com a Europa para permitir aos migrantes passarem, o que provocou um afluxo na fronteira grega e tensão entre Ancara e a União Europeia.

A União acusou Erdogan de instrumentalizar a questão dos refugiados, apelando ao respeito de um acordo UE-Turquia concluído em Março de 2016, que prevê que os migrantes fiquem em território turco em troca de uma ajuda financeira europeia.

A abertura das fronteiras pela Turquia ocorreu em plena escalada em Idlib, último grande bastião controlado por ‘jihadistas’ e rebeldes na Síria, onde mais de 50 soldados turcos foram mortos em Fevereiro em ataques do regime sírio apoiado por Moscovo.

Perto de um milhão de pessoas fugiu dos combates em Idlib desde o reforço em Dezembro de uma ofensiva do regime para recuperar a província e concentrou-se junto à fronteira com a Turquia.

Erdogan, cujo país apoia alguns rebeldes, e o seu homólogo russo, Vladimir Putin, chegaram finalmente a um acordo de cessar-fogo a 5 de Março, que se traduziu numa diminuição significativa dos combates.

Em relação à UE, a Turquia ainda não mudou a sua postura oficialmente e insiste que o bloco europeu deve abrir as portas aos refugiados sírios.

O chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, manifestou a 10 de Março a esperança de que se chegue a um acordo com a União antes do final do mês. (RM-NM)

Fonte:Rádio Moçambique Online

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