TRINTA e cinco antigos guerrilheiros da Renamo que aderiram ao processo de Desarmamento, Desmobilizaçãoe Reintegração (DDR) na base Manomonhe, posto administrativo de Muxúnguè, distrito de Chibabava, em Sofala, já começaram a reconstruir suas vidas naquela região do país.
A informação foi avançada ao nosso Jornal pelo chefe do posto administrativo de Muxúnguè, Jó dos Santos, que explicou que neste momento alguns desmobilizados estão a instalar-se e até já têm bancas em que vendem produtos alimentares,enquanto outros estão a abrir machambas.
Dos Santos acrescentou que, para sua melhor reinserção nas comunidades, o Governo e os régulos têm reunido regularmente com os homens para lhesprestar todo o apoio necessário e possível.
‟No princípio, as comunidades tinham medo por saber que são pessoas que andaram durante muito tempo nas matas. Mas nós, como Governo, estamos a trabalhar regularmente nas comunidades paraacompanhar a sua reinserção. Temos conversado com eles e já não há receios das comunidades. Convivemos como irmãos”, disse.
Lembrou que os homens receberam “kits” de incentivos para enquadramento na sociedade.
Sobre o mesmo assunto, Mucula João, régulo do povoado de Mucheve, uma das localidades palco de ataques no passado, defendeu que, com adesmobilização, tudo melhorou e a população voltou a trabalhar tranquilamente nas suas machambas.
Assim, Mucula encorajou o governo a continuar com o diálogo e a levar o DDR até ao fim.‟Nestes dias está tudo bem. Desde Janeiro, em Mucheve ainda não houve ataques e a população está a produzir. Temos muito ananás e até não sabemos a quem vender. Isto é resultado do entendimento entre o Governo e a Renamo. Recebemos os desmobilizados da Renamo como filhos e estão a conviver connosco”, sublinhou.
Fonte:Jornal Notícias