Victor Borges, conforme refere o Ministério Público na sua acusação, terá desaconselhado a criação da empresa EMATUM, para a pesca do atum por alegadamente ser inviável. A audição é descrita como fundamental para esclarecer os contornos em volta do projecto, incluso no pacote de 2.2 mil milhões de dólares que lesaram o Estado, indica uma nota do “Jornal Notícias”.Aliás, Borges foi citado pelos réus Cipriano Mutota e Teófilo Nhangumele, no início do julgamento, como quem mostrou reticências quanto à necessidade de criação de uma empresa nacional que se dedicasse à pesca, processamento e comercialização do atum.A ida do antigo ministro das Pescas ao tribunal abre o último ciclo de desfile de declarantes arrolados pelo tribunal, no qual serão ainda ouvidos antigos e actuais governantes que tenham tido contacto com a matéria em discussão.Tais são os casos do antigo Ministro do Interior, Alberto Mondlane, do Ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, e, finalmente, do antigo Presidente da República, Armando Guebuza.Refira-se que, antes de ouvir Víctor Borges, o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo vai auscultar Filipe Eugénio Silvestre, na qualidade de declarante neste processo. Amanhã, primeiro dia do mês de Fevereiro, não haverá sessão para dar espaço a que os causídicos participem na cerimónia de abertura do ano judicial. Na quarta-feira será observado o habitual descanso e na quinta-feira não haverá sessão por ser feriado, por ocasião do Dia dos Heróis Moçambicanos. A audiência só será retomada na sexta-feira.

Fonte: Folha de Maputo

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