HÉLIO FILIMONE

O 7 de Dezembro de 2022 entra para a história da justiça moçambicana por ter sido o dia em que, ao fim de um ano e quatro meses de julgamento, o juiz Efigénio Baptista ditou a sentença dos 19 co-réus que vinham sendo julgados na Penitenciária Especial de Máxima Segurança da Machava (vulgo BO), pelos empréstimos ilegais que lesaram o Estado em aproximadamente 2,2 mil milhões de dólares.

Iniciada no dia 30 de Novembro, a leitura das 1386 páginas que constituíam a sentença, pela 6ª Secção do Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, só terminou ao fim de sete dos cinco dias inicialmente previstos.

Na quarta-feira, a sessão iniciou às 10 horas e só viria a terminar às 15:45 horas, quando o juiz Efigénio Baptista bateu com o martelo pela última vez.

Ora, para além das penas de prisão, multas e indemnização civil, o que mais se destacou na sentença do tribunal foi o comportamento dos 11 co-réus.

O juiz fez questão de destacar a personalidade de cada um, sublinhando o negativismo e a ganância que levaram à consumação dos crimes, na sua maioria de associação para delinquir, peculato/desvio de fundos, branqueamento de capitais, falsificação de outros escritos e chantagem, entre outros.

Ao có-réu António Carlos do Rosário, antigo director de Inteligência Económica do Serviço de Informação e Segurança do Estado (SISE), o tribunal descreveu-o como indivíduo de carácter negativo, temperamento agressivo, ambicioso, tumultuoso e que tentou descredibilizar o julgamento e as instituições do Estado.

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Fonte:Jornal Notícias

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