FACE à pandemia do novo coronavírus, as autoridades do sector da Saúde na cidade de Nampula adoptaram como método fazer chegar os anti-retrovirais aos doentes com o HIV&SIDA nas comunidades onde vivem.

A nova estratégia contraria a anterior prática, em que os pacientes deviam dirigir-se periodicamente às unidades sanitárias para a colecta dos medicamentos, criando algumas enchentes.

Para efeito, segundo Bragança Mualava, supervisor do programa de controlo de doenças sexualmente transmissíveis e HIV&SIDA nos Serviços Sociais de Nampula, foram criadas várias brigadas móveis do sector que fazem chegar os fármacos aos doentes nas suas respectivas comunidades.

A fonte revelou que o novo método de distribuição de medicamentos está a satisfazer os beneficiários, porquanto a sua adopção significou a redução de distâncias que estes tinham de percorrer para alcançar uma unidade sanitária.

“Os pacientes de HIV&SIDA já não precisam de ir mensalmente a uma unidade sanitária. Temos também feito um seguimento que se insere no apoio sequencial destes via telefónica”, enfatizou.

Aliás, em Nampula têm sido reportadas situações de desistência de doentes ao tratamento anti-retroviral, motivadas, em parte, pelas distâncias que percorrem para chegar a um hospital ou qualquer serviço relacionado.

Bragança Mualava destacou o esforço empreendido pelas autoridades governamentais com vista à expansão e abrangência do tratamento anti-retroviral, mas mostrou-se preocupado pela reação fragilizada ao esforço em causa, que se traduz na redução da adesão ao tratamento.

A província de Nampula, a mais populosa do país, tem uma taxa de seroprevalência do HIV&SIDA situada em 5,7 por cento, ou seja, cumulativamente mais de 278 mil pessoas vivem com a doença, das quais cerca de 137 mil estão em tratamento anti-retroviral, com destaque para a cidade-capital.

Fonte:Jornal Notícias

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