Falta de dinheiro dificulta salvamento de “vidas em risco” no distrito de Mocuba

Não há dinheiro para retirar cerca de 100 famílias que vivem numa zona considerada vulnerável a cheias e inundações em Mocuba, província da Zambézia. A situação obrigou as autoridades a estenderem por mais duas semanas o prazo para que as famílias abandonem aquele local.

A 03 de Novembro deste ano, a directora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), Augusta Maíta, efectuou uma visita de monitoria às zonas de risco, mais concretamente na província da Zambézia, distrito de Mocuba.

No terreno, Maíta encontrou pouco mais de 200 famílias que vivem numa zona tida como sendo de risco das quais 100 estão numa situação mais crítica.

Lá foi a directora-geral do INGC e fez o trabalho de sensibilização. A boa intenção de retirar as cerca de 100 famílias que se encontram na zona de risco em Mocuba, na província da Zambézia, foi expressa. O prazo de trinta dias, no entanto, expirou e o perigo continua eminente.

Aliás, o perigo vai continuar eminente. Pelo menos por enquanto. É que já foi identificado um local seguro para as famílias em risco. O INGC fez o levantamento dos seus bens, mas falta dinheiro para o seu reassentamento.

“Nós trabalhamos com os municípios, eles mostraram total abertura para trabalhar connosco neste processo e já foi feita a sensibilização das comunidades junto aos líderes comunitários, mas encravou porque não tínhamos recursos para fazermos a movimentação das famílias”, explicou a directora-geral do Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, Augusta Maíta, acrescentando que faltam, sobretudo, bens básicos como tendas, roupas e outros no local do reassentamento definitivo.  

Ainda não há recursos para fazer a movimentação das pessoas para zonas seguras, mas há uma certeza: é urgente que as famílias abandonem aquele local. O INGC está a mobilizar fundos para o reassentamento das populações em bairros seguros.

“Neste momento, estamos a fazer tudo que nós podemos. Com vê, as chuvas já começam a cair. Já não era suposto termos as pessoas já naquele local. Estamos a fazer aquilo que podemos para forçar INGC sozinha não tem capacidade efectiva de implementar, obrigando as pessoas a agir”, reconheceu Augusta Maíta, sublinhando que, por agora, a instituição que dirige fará de tudo para que haja recursos para que as famílias abandonem a zona de risco.

Augusta Maíta apontou, ainda, as autoridades locais como sendo os responsáveis por atribuírem terrenos a famílias numa zona previamente identificado e exige a sua responsabilização.
 

Fonte:O País

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