Mais de 80 farmácias foram fiscalizadas, durante os últimos quatro dias, em todo o país, e constatou-se que a maioria vendia os produtos de prevenção da Covid-19, entre eles, máscaras, luvas e desifectantes, a preços acima de 30, 50 e até a 100 por cento do valor estipulado pelo sector da Saúde, por causa de aumento da procura.
A fiscalização foi feita pela Inspecção Geral da Saúde e Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE).
Para além da especulação de preços, o sector da saúde verificou a falta de produtos de prevenção do novo Coronavírus, enquanto surgem nas redes sociais, pessoas a promoverem a venda online de fármacos, o que coloca em perigo a saúde dos consumidores, uma vez que os produtos podem resultar de uma contrafacção.
O Inspector-geral da Saúde, Martinho Djedje, que falava, hoje, numa conferência de imprensa conjunta da INAE e Direcção Nacional Indústria e Comércio, sobre a situação da procura e falta de produtos de prevenção da Covid-19, informou que decorrem investigações para apurar a origem dos fármacos vendidos no mercado informal.
Aconselhou aos cidadãos a observar o preço dos produtos de prevenção e a evitar comprá-los em locais não autorizados, pois há um risco destes serem contrafeitos ou mal conservados.
“Prestem atenção no preço dos produtos; verifiquem se há rasuras ou sinais de adulteração para denunciar os infractores, ao mesmo tempo prestem atenção na validade do produto”, disse Martinho Djedje.
Enquanto isso, o sector da indústria e comércio aponta que há disponibilidade de produtos para os mercados nos próximos meses, mercê da abertura das fronteiras para a entrada de camiões de mercadorias.
Mateus Matusse, director nacional da Indústria e Comércio, indicou ainda que os sectores do comércio e indústria estão a tomar medidas de prevenção da Covid-19, tais como, redução da concentração de trabalhadores e provisão de materiais de desinfecção nas fábricas
Por sua vez, a inspectora-geral da INAE, Rita Freitas, exortou as pessoas a evitarem o açambarcamento dos produtos, de modo a reduzir especulação de preços.
Lembrou ainda que a especulação de preço é um crime punível nos termos da lei, que pode levar a prisão, multas e perda do produto.
Fonte:Jornal Notícias