Curta-metragem do realizador é Menção Honrosa no 1º Festival Independente do Cinema Angolano (FESC-Kianda).
Este princípio de ano está a ser auspicioso para Júlio Silva. Depois do cineasta moçambicano ter sido confiado as responsabilidades de pesquisador do Laboratório Folclore e Etnomusicologia do Departamento de Musicologia e a de membro do conselho editorial da revista científica russa “Mariinskaya Academy”, mais uma boa notícia. Desta vez, no continente africano.
Em Angola, o cineasta foi Menção Honrosa com o filme Lágrimas nas ondas di mar, devido à potencialidade da curta-metragem na representatividade de todos os pescadores luandenses e povos do litoral. A distinção aconteceu no primeiro Festival Independente do Cinema Angolano (FESC-Kianda), realizado nos finais de Janeiro e cuja premiação aconteceu no dia 15 deste mês.
Este reconhecimento, para Júlio Silva, premeia o trabalho que, ao longo dos anos, tem feito a nível do cinema africano, o que é acrescido pelo facto de Lágrimas nas ondas di mar ter-se destacado num universo em que vários outros filmes também concorriam ao grande prémio do Festival Independente do Cinema Angolano. Assim, o cineasta entende que a Menção Honrosa é mais uma vitória das várias que o cinema moçambicano tem acumulado.
Lágrimas nas ondas di mar foi realizado ano passado. O filme retrata a vida árdua dos pescadores artesanais que vão para o mar alto à procura do seu sustento, deixando as famílias sempre nervosas e ansiosas, pois nunca sabem se os pescadores vão regressar. Esta é a curta-metragem. Na óptica de Júlio Silva, um docudrama (ficçao e documentário).
Na qualidade de realizador do filme, Júlio Silva trabalhou com Emanuel Ribeiro (Produtor) e com os actores Rank, Jair Estêvão, Pedro Bettencurt, José Gomes, Agatê, Lutchinha, entre outros.
A curta-metragem foi rodada na Ilha de São Vicente, em Cabo Verde. Então o cineasta destaca: “filme realizado por um moçambicano, feito em Cabo Verde e premiado em Angola. A verdadeira lusofonia”.
No mesmo festival, o filme O Mambo, do realizador angolano Nuno Barreto, venceu o Prémio de Melhor Curta-Metragem.
Fonte:O País