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Filme de Júlio Silva estreia em Luxemburgo

A longa-metragem O poeta da ilha, de Júlio Silva, tem 85 minutos de duração e foi rodada em Cabo Verde. O filme retrata uma história sobre a luta que os cabo-verdianos fizeram na clandestinidade durante a época colonial.

 

O novo filme de Júlio Silva foi rodado nas ilhas de São Vicente e Santo Antão, em Cabo Verde. Essencialmente, O poeta da ilha é uma longa-metragem sobre a luta que os cabo-verdianos travaram na clandestinidade durante a luta contra o colonialismo português. No enredo, um poeta é preso por agentes da PIDE três dias antes da almejada liberdade.

A decisão do cineasta realizar o seu mais recente filme em Cabo Verde foi consequência de um convite que feito pela Associação Rotchimar. Assim, Júlio Silva aproveitou a oportunidade para concretizar um projecto de filme que deverá ser continuado em Moçambique e em Portugal, porque, segundo entende, o tema é tão importante quanto actual.

Em 85 minutos, a longa-metragem O poeta da ilha junta à ficção uma história baseada em factos verídicos e, avançou Júlio Silva, contou com a participação dos melhores actores de Cabo Verde. Foi com 40 actores cabo-verdianos que o realizador construiu uma história sobre as prisões arbitrárias e injustiças protagonizadas pelo regime colonial português durante a grande noite opressora. Entre os actores estão Mirita Veríssimo, Rank Gonçalves e João Graça.

“Portanto, neste filme retrato a força de todos aqueles que estiveram a lutar na clandestinidade para que o seu país fosse livre e independente, porque não foram só combatentes que lutaram pela independência. Houve muita gente que lutou nas suas cidades e vilas”, afirmou Júlio Silva a partir de Portugal, onde vive e trabalha.

O filme O poeta da ilha foi rodado em 45 dias consecutivos. A ante-estreia da longa-metragem está marcada para Lisboa, ainda neste mês de Março, e a estreia irá acontecer no dia 7 de Maio, no Festival Internacional da Emigração, em Luxemburgo. Já em Moçambique, a longa-metragem será exibida em Agosto.

 

 

 

Fonte:O País