O Conselho Directivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) acaba de aprovar um crédito no valor de 120 milhões de dólares americanos para ajudar Moçambique a superar os efeitos do ciclone Idai, que atingiu as províncias de Sofala, Manica, Zambézia, Tete e norte de Inhambane.

O facto foi anunciado ontem pela directora-geral da instituição, Christine Lagarde, falando a jornalistas, em Beijing, na China, no final de uma audiência com o Presidente da República, Filipe Nyusi. Ambos se encontram naquele país para participar no II Fórum Internacional “ Cinturão e Rota”, evento que termina hoje na capital chinesa.

Recentemente, o Banco Mundial também vai doar 90 milhões de dólares americanos, em apoio às cerca de 3,3 milhões de vítimas dos desastres naturais na região centro do país.

Christine Lagarde anunciou também que o FMI lançou, internamente, uma campanha de angariação de fundos para apoiar a população moçambicana, no âmbito da emergência.

“Esta é uma indicação de que nem todo o apoio precisa de ser endossado pelo Conselho Directivo, mas sim a partir da própria simpatia dos funcionários do FMI para com o povo de Moçambique”, disse Lagarde.

Sobre a questão das dívidas, Lagarde disse que “estamos a trabalhar em conjunto e trocamos opiniões sobre como as dívidas podem ser gradualmente moderadas, para que Moçambique não esteja em situação de angústia no futuro”.

Ainda ontem, Filipe Nyusi reuniu-se com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, que garantiu que as agências daquela organização mundial estão completamente mobilizadas para apoiar as populações afectadas pelas intempéries, e desejou que a comunidade internacional responda com mais vigor aos apelos lançados.

“Gostaríamos de fazer muito mais. Mas posso garantir que as nossas agências estão completamente mobilizadas para apoiar as populações que sofreram tanto, e desejar que a comunidade internacional responda mais fortemente aos apelos que lançámos com ajuda que é indispensável para se reestabelecer, o mais rapidamente possível, as condições necessárias para que as populações voltem a encarar a vida com esperança no seu futuro”, afirmou.
Relativamente à paz, Guterres desejou que o processo em curso seja concluído, satisfatoriamente, o mais rapidamente possível.

“Sabemos que já foi aprovado o pacote de descentralização e esperamos que seja feita uma completa desmobilização e integração dos homens armados, e que o país continue a realizar eleições normalmente”, afirmou o secretário-geral da ONU, que também se encontra em Beijing, no âmbito do Fórum Cinturão e Rota.

Almiro Mazive, AIM, em Beijing

    Fonte:Jornal Notícias

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