A Federação Moçambicana de Patinagem está à procura de apoio para viabilizar a participação da selecção nacional no mundial de hóquei em patins. A competição vai decorrer de 7 a 13 de Novembro próximo, em San Juan, Argentina.

Já se corre contra o relógio na Federação Moçambicana de Patinagem. Faltam quatro meses para o mundial de hóquei em patins, competição na qual Moçambique pretende repetir o feito alcançado em 2011 – ocupar a inédita quarta posição – curiosamente, no mesmo local – San Juan, argentina.

A decisão de qualificar directamente Moçambique e mais sete países foi tomada na reunião executiva da World Skate, realizada, recentemente, em Roma, onde foi decidido que as eliminatórias continentais que serviriam para definir os representantes já não aconteceriam.

A decisão deve-se à pandemia da COVID-19, que desembaraçou o calendário das respectivas federações. Nesse sentido, a World Skate decidiu atribuir as oito vagas abertas no Campeonato do Mundo aos sete primeiros classificados da edição passada, que teve lugar em 2019, em Barcelona, Espanha.

Sem competições desde 2019, a selecção nacional já está no terreno a preparar-se para competição, segundo deu a conhecer, ao “O País”, o presidente da Federação Moçambicana de Patinagem, Eneas Comiche Júnior, Disse que, uma vez feito o anúncio da qualificação automática da selecção nacional, a federação começou a criar condições para a preparação, tendo, no início, enfrentado dificuldades para ter campo para o efeito.

“Felizmente já resolvemos o assunto do campo, pelo que a preparação já está a decorrer”, garante Comiche, sublinhando que o organismo que dirige já está a bater às portas, com vista a angariar apoios para a viabilização da participação de Moçambique naquela que é a maior montra de hóquei em patins do mundo.

“Devo dizer que estamos a ter bons resultados, pois os nossos parceiros têm sido receptivos. Isso é, para nós, um bom sinal”, explica Eneas Comiche Júnior.

Em relação ao “dossier” seleccionador, o presidente da Federação Moçambicana de Patinagem diz que já está fechado, visto que esteve, recentemente, em Portugal a tratar do assunto.

“Ainda é prematuro anunciar o nome do seleccionador, mas ele já foi identificado. Posso adiantar que é um português com uma larga experiência na área”, diz Comiche. Por ora, os trabalhos de preparação estão a ser coordenados pelo director técnico da federação, Pedro Tivane. No que diz respeito à preparação, estão em vista jogos diante das selecções da região, como é o caso da África do Sul e do eSwatini.

 

“SCOUTING” NAS PROVÍNCIAS

A Federação Moçambicana de Patinagem tem vista o projecto de fazer “scouting” de atletas nas províncias.

“Tive a oportunidade de estar em Nampula há dias, onde deu para notar o engajamento dos patinadores locais. É nosso interesse incluí-los na selecção, mas tudo vai depender do seleccionador”, explica Comiche Júnior, ajuntando que, no âmbito do trabalho de avaliação de atletas, esteve, também, em Sofala.

Em Sofala, Comiche Júnior ficou a saber que os patinadores locais têm em mangas a criação de uma associação. Segundo disse, em caso da efectivação do projecto, a referida associação irá servir de elo com a Federação Moçambicana de Patinagem, o que, na sua opinião, poderá impulsionar a modalidade.

“A nossa política é descentralizar o hóquei em Moçambique. Ou seja, não termos, na selecção, apenas atletas de Maputo, porque entendemos que a modalidade é inclusiva”, observa.

Explicou que movimento similar está a ser levado a cabo noutras províncias do país, porquanto a federação pretende que a modalidade seja praticada à escala nacional, facto que poderá, mais do que impulsionar a modalidade, criar um leque de soluções para a selecção nacional.

“No hóquei, há espaço para todos. Por essa razão, estamos empenhados em garantir que mais pessoas estejam envolvidas nas nossas actividades. Somos uma direção e, por isso mesmo, temos de inovar sempre.

Moçambique vai integrar o Grupo A, juntamente com Portugal, França e Itália, enquanto o Grupo B será composto pelas selecções da Argentina, Espanha, Angola e Chile.

Fonte:O País

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