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“GOMBE” pode ser pior que “IDAI”

Chega na manhã desta quinta-feira, pela província de Nampula, o Ciclone Tropical “GOMBE”, o terceiro fenómeno meteorológico a afectar as províncias da Zambézia e Nampula, depois das Tempestades Tropicais ANA e DUMAKO.

 

De acordo com o Boletim Meteorológico emitido na tarde de ontem pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), até às 14:00 horas de ontem, o Ciclone Tropical “GOMBE” apresentava ventos de 130 Km/h e rajadas de 185 Km/h, sendo que a previsão é que atinja a província de Nampula esta manhã com ventos de 200 Km/h e rajadas de 240 Km/h, já em forma de Ciclone Tropical Intenso.

 

Trata-se, na verdade, de ventos superiores aos apresentados pelo Ciclone Tropical Intenso IDAI (de categoria 4), que a 15 de Março de 2019 fustigou as províncias de Sofala, Manica, Tete, Zambézia e Inhambane, porém, com maior intensidade na cidade da Beira, capital provincial de Sofala.

 

Dados avançados pelo INAM, a 15 de Março de 2019, indicavam que o Ciclone Tropical Intenso IDAI “sacudiu” a Cidade da Beira com ventos de 180 Km/h e rajadas de 220 Km/h, tendo deixado um rasto de destruição na segunda maior cidade do país. Aliás, até hoje, Beira continua a ressentir-se dos efeitos causados pelo Ciclone Tropical IDAI.

 

Tal como a província de Sofala, as províncias de Nampula e Zambézia poderão viver um verdadeiro dilúvio. O INAM prevê a ocorrência de chuvas acima de 200 mm/24h, em 13 distritos da província de Nampula (Angoche, Liúpo, Murrupula, Rapale, Mecubúri, Muecati, Nacarrôa, Monapo, Mogincual, Mossuril, Nacala, Ilha de Moçambique e Nampula) e cinco da província da Zambézia (Pebane, Gilé, Mulevala, Mocubela e Maganja da Costa).

 

Já em Março de 2019, a província de Sofala registou uma precipitação superior a 200 mm/24 horas, tendo aumentado o nível dos caudais dos rios Búzi e Púnguè e, consequentemente, causado inundações no distrito de Búzi.

 

Refira-se que o Ciclone Tropical Intenso IDAI provocou mais de 600 mortos e desalojou perto de 2,5 milhões de pessoas, sendo considerado o pior ciclone tropical que já passou pelo nosso país. (A. Maolela)

Fonte: Carta de Moçambique