O Instituto Médio de Saúde Santa Vitória, na cidade de Tete, graduou sábado os primeiros 176 profissionais de saúde, durante uma cerimónia que contou com a presença do governador da província homónima, Paulo Auade, que exige   atendimento mais humanizado.
O grupo inclui técnicos de farmácia, enfermagem geral e enfermagem de saúde materno-infantil (SMI).
“Queremos recordar que o grande desafio de momento para os prestadores de cuidados de saúde são a humanização e a cortesia no atendimento aos utentes nas unidades sanitárias, bem como o combate ao roubo, à corrupção, ao tráfico, ao desvio e à venda ilícita de medicamentos”, sublinhou, segundo a AIM.
Segundo Auade, as mulheres e crianças deverão constituir prioridade nas actividades diárias.
Recordou aos presentes que o governo precisa de alcançar o desafio do desenvolvimento sustentável, que é de reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100.000 nados vivos.
Disse que as maternidades devem ser locais onde paira alegria e felicidade de cada mãe poder gerar um ser vivo para o mundo.
Por isso, disse o governante, “usem tudo o que estiver ao vosso alcance para salvaguardar a vida deste grupo-alvo específico”, apelando para que a população   seja tratada com o devido respeito pelos profissionais da saúde e que o doente deve ser o ponto das atenções dos profissionais do sector.
“O crescimento económico de um país depende de uma sociedade saudável. Por isso, o governo aposta em profissionais da saúde, como os que acabam de ser graduados”, disse.
Referiu que os utentes devem sair satisfeitos com o atendimento e que nunca sintam a falta de medicamentos como um entrave para resolver seus problemas de saúde por ter havido roubo dos mesmos.
“Saibam que a saúde é um dos direitos humanos fundamentais na vida, incomparável com qualquer bem que o ser humano possa ter no mundo. Como tal, a saúde carece de muitos cuidados, quer preventivos, quer curativos. Para fazer face a essas necessidades, o nosso governo conta com a participação dos diferentes técnicos de saúde para a cobertura da rede sanitária”, sublinhou.
“Apostamos em vós recém-graduados que, através dos conhecimentos adquiridos, vão beneficiar as nossas comunidades, sem discriminação racial, étnica, religiosa, de origem geográfica ou socioeconómica e assim apelamos, de forma reiterada, aos graduados para um maior empenho, dedicação, responsabilidade, respeito e zelo na prestação dos cuidados de saúde primários à população”, acrescentou.
Segundo Auade, o término daqueles cursos responde a uma das principais prioridades do Governo, que é o desenvolvimento de recursos humanos em quantidade e qualidade e é parte integrante das acções de combate à pobreza.
“Com a vossa valiosa contribuição, as equipas de técnicos de saúde estarão mais reforçadas e o grau de satisfação dos utentes poderá e deverá aumentar com a redução da sobrecarga de serviço dos actuais profissionais na nossa província”, disse Paulo Auade.
A médica-chefe provincial em Tete, Rosa Maendaenda, explicou que “para a sua afectação no sector da saúde os recém-graduados terão que aguardar pelo lançamento de concurso público, logo que houver cabimento orçamental. Já não se faz a afectação automática, como acontecia anteriormente, em que logo que os técnicos terminassem a formação imediatamente eram enquadrados” – explicou.
O director do Instituto Médio de Saúde Santa Vitória, José Voabil, disse que “estamos satisfeitos, porque concretizamos o nosso sonho em realidade, estamos a falar da formação dos profissionais da saúde, cujo objectivo é contribuir para a melhoria da saúde da nossa população”.
Os graduados, por seu turno, manifestaram a sua decisão para trabalhar em qualquer parte do país.

    Fonte:Jornal Notícias

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