NoticiasAI

Governo aperta cerco a funcionários fantasmas

Um total de 29 689 funcionários não fizeram prova de vida entre 2015 e 2017, o que permitiu ao Governo moçambicano reter 15.5 milhões de meticais nos cofres do Estado.
A revelação foi feita ontem pela Ministra da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua, falando por ocasião das cerimónias centrais do Dia Internacional contra a Corrupção, que teve lugar na cidade de Nampula, capital provincial.
Acredita-se que se trate de “funcionários fantasmas” que alimentavam teias de corrupção. 
“No ano de 2017 o plano de acção da prova de vida previa um efectivo de 348 665, contudo, com a conclusão do processo, a 31 de Dezembro, este número foi actualizado”, disse a ministra.
Carmelita Namashulua revelou ainda que no primeiro semestre deste ano foram instaurados 762 processos disciplinares contra funcionários e agentes do Estado, contra 2255 casos registados em 2017, em conexão com a prática de diversas irregularidades. 
“As acções de combate à corrupção levadas a cabo pelo governo têm sido contínuas em todas as instituições públicas, razão pela qual a operacionalização dos planos, bem como as metas a serem atingidas são objecto de avaliação semestral pelo Conselho de Ministros”, disse.
A ministra aproveitou a ocasião para “renovar a aliança do governo com todos os movimentos, segmentos e cidadãos engajados nas mais variadas formas de luta pela restauração da integridade pública”.
A cerimónia central do Dia Internacional contra a Corrupção contou com a presença da Procuradora-Geral da República, Beatriz Buchili, directora do Gabinete Central de Combate à Corrupção, Ana Gêmo, entre outros responsáveis.

 

    Fonte:Jornal Notícias