O Governo da França doou a Moçambique cerca de 6.2 milhões de euros para reforçar a disponibilidade de água e mitigar a  sua escassez nos municípios de Maputo, Matola e Boane.
Trata-se de um projecto que visa, essencialmente, a exploração de águas subterrâneas, equipar 16 furos, e a construção de uma estação de bombagem, bem como a colocação de tubagem principal para o seu transporte até aos reservatórios.
O projecto, que se estima termine em 2020, deverá disponibilizar mais de 40 mil metros cúbicos de água por dia para servir a um total de 348.100 pessoas.
Rubricaram o acordo de concessão do donativo, ontem, em Maputo, os directores-gerais do Fundo de Investimento e Património do Abastecimento de Água (FIPAG), Pedro Paulino, e da Agência Francesa de Desenvolvimento em Moçambique (AFD), Julien Darpeaux.
Testemunharam a assinatura do acordo o Vice-Ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos, Victor Tuacale, e o Embaixador da França em Moçambique, Bruno Clerc.
Falando minutos após a assinatura, Tuacale disse que o apoio vai proporcionar melhorias na disponibilidade de água produzida no sistema, abrangendo os bairros da capital do país, principalmente Albasine, Costa do Sol, 3 de Fevereiro, Ferroviário, FPLM, Hulene, Laulane, Magoanine, Mavalane, Maxaquene e Polana-Caniço.
“Com o gesto amigável da França o país tem estado a aumentar o número de ligações domiciliárias e de pessoas com acesso à água potável, a capacidade de produção e distribuição de água, bem como o armazenamento do precioso líquido”, disse Tuacale, citado pela AIM.
A fonte fez referência ao apoio estratégico da AFD para o abastecimento de água e saneamento, tendo apontado, como exemplo, a construção, recentemente, de 16 pequenos sistemas de abastecimento de água nos municípios de Maputo e Matola, reabilitação da secção três da estação de tratamento de Umbeluzi, em Boane, do centro distribuidor da Matola, da rede terciária dos bairros da Machava e Matola, do Alto-Maé, Maxaquene e Laulane, incluindo o distrito municipal de KaTembe.
“Isto significa uma melhoria das condições sanitárias e da qualidade de vida das populações abrangidas”, disse o governante.
Por seu turno, Bruno Clerc espera que a exploração de águas subterrâneas permita melhorar a qualidade e o abastecimento contínuo de água potável.
Ele avançou que dentro do projecto poderá ser implementado um programa de redução de perdas pela empresa Águas da Região de Maputo.
“Os impactos esperados do projecto de emergência serão significativos”, sublinhou.
Actualmente, a cidade de Maputo consome mais de 120 mil metros cúbicos de água por dia.

 

    Fonte:Jornal Notícias

    Leave a Reply

    Your email address will not be published. Required fields are marked *