O governo moçambicano defende a promoção de programas de formação, auto-emprego, actividades para a geração de renda, pacotes especiais de incentivos económicos e outras iniciativas como forma de assegurar a paz e estabilidade social. Esta asserção foi defendida na segunda-feira (18) em Maputo, pela ministra da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Helena Kida, durante a II Conferência Nacional de Alto Nível sobre “Paz, Segurança, Reconciliação e Desenvolvimento” em Moçambique, um evento organizado pela Organização para Promoção da Paz e Desenvolvimento Humanitário (ORPHAD).

 

“A estabilidade social passa, também, pela criação de programas inovadores e de adaptação social, para assegurar que as comunidades, em geral, estejam envolvidas e tirem benefícios dos projectos em curso nas suas regiões, incluindo as vantagens sobre o processo de paz”, vincou.

 

Kida explicou que com a criação de programas inovadores e de adaptação social pretende-se promover e consolidar a cultura de paz, em que ninguém é deixado para trás e as diferenças se resolvem pelo diálogo e não pela força das armas.

 

Destacou a relevância da comunicação na prevenção de conflitos, afirmando: “é preciso comunicar, constantemente, com os líderes religiosos e comunitários que desempenham um importante papel na mobilização das suas comunidades para não abraçarem vias violentas de resolução de conflitos e capitalizarem as formas tradicionais de coexistência pacífica com outros membros com opiniões diferentes”.

 

Referiu que Moçambique está à procura de outras formas complementares para acelerar o processo de silenciar as armas, para acabar com a violência e atrocidades cometidas pelos terroristas em alguns distritos do norte da província de Cabo Delgado.

 

“O silenciar das armas deve ser assegurado com a participação e representação dos interesses da juventude por ser vital para assegurar que a paz que estamos a construir seja sustentável para as gerações vindouras”, sublinhou.

 

No evento que decorreu sob o lema “Caminhos e Modelo Nacional para Construção e Consolidação da Paz, Reconciliação e Coesão Social em Moçambique”, com intuito de juntar esforços para a construção de pontes entre os cidadãos e criar espaços de convivência, de compreensão e de entendimento entre todos, consagrando como valor basilar a importância da preservação da concórdia, da amizade e do respeito pelas diferenças. (AIM)

Fonte: Carta de Moçambique

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