MAPUTO – Em comunicado publicado pelo vice-presidente do país, Constantino Chiwenga, o governo considerou os enfermeiros grevistas como desonestos, ao ignorarem a transferência de mais de 17 milhões de USD para o Ministério da Saúde, para resolver o problema.O documento indica que a recusa dos enfermeiros de retornarem os seus postos de trabalho, embora o governo tenha demonstrado “boa-fé”, foi interpretada como evidência de se tratar de uma acção politicamente motivada e não exactamente uma exigência para melhorar condições de trabalho.As autoridades zimbabweanas decidiram, por isso, despedir todos os enfermeiros grevistas, com efeitos imediatos, por forma a salvar milhares de vidas no país.O comunicado acrescenta que a Corporação dos Serviços Sanitários do Zimbabwe foi instruída a usar os fundos, de modo a poder engajar todos os enfermeiros desempregados e convocou todo o pessoal reformado para ocupar os postos deixados vago pelos grevistas.Milhares de enfermeiros, a trabalhar em vários hospitais públicos do país vinham exigindo ao governo o pagamento de subsídios, repudiando o que chamaram de um sistema salarial imperfeito.A Associação dos Enfermeiros do Zimbabwe (ZNA), que engloba mais de 18 mil membros, revelou que negociadores do governo tentaram, domingo último, evitar a paralisação laboral, prometendo pagar salários em atraso, mas os grevistas continuaram com os protestos.[CC]

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