O anúncio das medidas de coação para Bruno de Carvalho e Nuno Vieira Mendes, conhecido como Mustafá, vai tardar.
A leitura da decisão do juiz de instrução Carlos Delca estava programada para esta quinta-feira às 10h00, mas será adiada devido à greve dos funcionários judiciais que fechou tribunais em todo o país.
Esta quinta-feira os serviços mínimos no tribunal do Barreiro não foram assegurados, disse à TSF Anabela Martins, delegada do Sindicato dos Funcionários Judiciais.
“Até às 11h00 não trabalhamos, portanto dificilmente haverá decisão” antes dessa hora, explicou.
O tribunal confirmou esta quarta-feira, em comunicado, que ambos os detidos “
prestaram declarações e produziram as suas alegações
o Ministério Públicos e os ilustres defensores dos arguidos”.
Na mesma nota, o tribunal esclarece que tomou a decisão de só revelar as medidas de coação nesta quinta-feira por estar em funcionamento “há mais de seis horas”, justificando a medida face à “complexidade” do processo.
O ex-presidente do Sporting e o líder da claque Juventude Leonina estão detidos preventivamente desde domingo no âmbito da investigação sobre a invasão à academia de Alcochete.
No dia 15 de maio, jogadores e equipa técnica do Sporting foram atacados na academia do clube por um grupo de cerca de 40 alegados adeptos encapuzados.
A GNR deteve no próprio dia 23 pessoas e efetuou, posteriormente, mais detenções, que elevaram para 38 o número de detidos, todos ainda em prisão preventiva, entre os quais está o antigo líder da Juventude Leonina Fernando Mendes.
Bruno de Carvalho está indiciado por 56 crimes: dois crimes de dano com violência, 20 crimes de sequestro, um crime de terrorismo, 12 crimes de ofensa à integridade física qualificada, um crime de detenção de arma proibida e 20 crimes de ameaça agravada.
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Fonte:TSF Desporto