MAPUTO- O grupo desconhecido entrou a disparar armas de fogo, deitou fogo a 45 casas, uma escola e uma mesquita e roubou animais e bens alimentares de barracas de comércio na aldeia Unidade, pertencente ao posto administrativo de Quiterajo, junto à costa, detalhou.A aldeia fica nas imediações de outras povoações que têm sido alvo de ataques ao longo do último ano na zona litoral do nordeste da província de Cabo Delgado, no meio do mato e só acessíveis através de caminhos em terra batida.A população começou a abandonar as habitações na tarde de sábado depois de terem notado a presença de pessoas estranhas perto da aldeia, referiu a mesma fonte.Não se sabe quem eram os atacantes, nem quantas pessoas estavam no grupo.O ataque da última noite acontece numa altura em que residentes em Mocímboa da Praia, distrito a norte de Macomia, têm relatado a partida de 12 mulheres da vila para parte incerta, nos últimos dias de outubro, carregando mantimentos – levantando suspeitas de que possam estar ligadas a grupos escondidos nas matas.Há um mês que não havia registo de violência nem confrontos naquela zona de Moçambique – dois mil quilómetros a norte da capital, Maputo, e junto à Tanzânia -, na sequência dos ataques despoletados há um ano e que, segundo as estimativas do Governo moçambicano, já terão provocado cerca de cem mortos, entre civis, militares e agressores.A violência cresceu após um ataque à vila de Mocímboa da Praia, em outubro de 2017, por um grupo baseado numa mesquita local que pregava a insurgência contra o Estado e cujos hábitos motivavam atritos com os residentes, pelo menos, desde há dois anos.

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