Club of Mozambique

MPUTO- “A História mostra-nos que um conflito se alastra ao longo do tempo se não há uma resposta pujante. Há aqui uma tentativa de minimizar estes ataques, mas estamos diante de um problema grave e que resulta, em parte, de uma questão estrutural”, disse Elcidio Macuacua, citado pela Agência Lusa.Segundo o historiador, a falta de uma resposta incisiva por parte das autoridades moçambicanas para os ataques protagonizados por grupos até agora desconhecidos em pontos recônditos de Cabo Delgado mostra que o país é ainda vulnerável, principalmente nas zonas costeiras.”Não se justifica que até hoje não se consiga dar uma resposta efectiva para este problema. Pelo menos na identificação das pessoas, suas causa e motivações”, afirmou.De acordo com a Agência Lusa, para Elcidio Macuacua, uma das principais hipóteses para explicar os ataques armados em Cabo Delgado é a disparidade económica que as comunidades atravessam, na medida em que há segmentos da sociedade que se sentem excluídos naquelas comunidades.”Com a descoberta de recursos minerais, a província de Cabo Delgado está a atravessar um novo período. Mas isso parece não beneficiar a todos”, observou, aludindo aos benefícios da exploração de gás natural por multinacionais na região.Além de um “posicionamento mais pujante por parte das autoridades”, Elcidio Macuacua entende que o envolvimento de outros actores sociais para a resolução deste problema é fundamental, destacando o papel das instituições de pesquisa e organizações da sociedade civil.

Fonte: Folha de Maputo

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