NoticiasAI

HCB robusta financeiramente

economia 2nd Loop EP alt Text

A Hidroecléctrica de Cahora Bassa  obteve um lucro de 7,2 mil milhões de meticais (cerca de 118 milhões de dólares) em 2017, apesar da infra-estrutura não poder operar na sua plena capacidade devido ao baixo nível de água na albufeira.

Falando em Maputo, na terça-feira, na reunião anual sobre o desempenho da HCB, Moisés Machava, director técnico da empresa, explicou que é uma seca cíclica que em 2016 reduziu a quantidade de água na albufeira para 41,8 por cento da cota ideal.

Em Dezembro de 2016, a cota na albufeira de Cahora Bassa atingiu o mínimo histórico de 312,22 metros, cifra que corresponde a 41,8 por cento, ou seja oito metros abaixo da curva guia. Este foi o  nível mais baixo registado desde a construção da barragem.

Mercê do plano de gestão da albufeira adoptado pelo Conselho de Administração e dos níveis de precipitação acima da média registado em toda a extensão da bacia do Zambeze, o ano de 2017 foi marcado pela recuperação significativa da cota da albufeira em relação a 2016.

Assim, a cota da albufeira passou de 312,22 metros, a 31 de Dezembro de 2016, para 317,69 metros a 31 de Dezembro de 2017, que corresponde a uma recuperação de 5,47 metros. Contudo, o nível ainda está muito abaixo da cota de 326 metros, considerada necessária para operação normal.

A administração da HCB concluiu que a cota não era suficiente para manter a barragem a operar na sua plena capacidade e, por isso, decidiu desactivar uma das cinco turbinas gigantes (com capacidade individual para gerar 415 megawatts).

A HCB espera que a recuperação do nível do Zambeze continue ao longo de 2018 e que até ao final do ano a cota atinja 320,12 metros, mas a empresa pretende operar apenas quatro turbinas ao longo do ano.

A HCB gerou 13.778 gigawatts-hora de electricidade em 2017, uma quantidade superior  à meta inicial de 12.906 gigawatts-hora, mas menor que a quantidade gerada nos quatro anos anteriores (que atingiu o pico de 16.978 gigawatts-hora em 2015).

Quando as perdas inevitáveis na transmissão são levadas em conta, a quantidade de energia recebida pelos clientes da HCB foi de 12.491 gigawatts-hora.

A companhia de electricidade sul-africana Eskom continua sendo de longe o maior cliente, com quase 71 por cento da energia vendida pela HCB. A empresa pública moçambicana EDM, absorve 24,5 por cento, e a companhia zimbabweana ZESA 4,7 por cento.

    Fonte:Jornal Notícias