Já é possível fazer a correcção definitiva de ossos quebrados na face, através de uma intervenção que só era possível fora do país.
A colocação de parafusos e mini-placas é uma nova forma de garantir que o paciente volte à normalidade, depois de qualquer incidente que afecte a estrutura da face, uma operação que não era possível com a modalidade anterior das cirurgias.
A primeira intervenção usando parafusos e mini-placas aconteceu, esta terça-feira, na maior unidade hospitalar do país.
O tratamento cirúrgico das fraturas de ossos ao nível da cara era feito de forma tradicional, o que, segundo o médico-cirurgião maxilo-facial, Bento Manhique oferecia algumas limitações, pois o alcance da intervenção não era definitivo e não ajustava rigorosamente a estrutura facial.
“Agora, estamos a usar, pela primeira vez, a técnica com material de ponta. mostra ser satisfatória, no sentido de que oferece soluções benéficas ao paciente. Antes, para ter uma intervenção desse género era preciso deslocar-se ao estrangeiro”, referiu.
A ideia é que esta tecnologia abranja as principais capitais do país, nomeadamente, Maputo, Beira e Nampula. A área de cirurgias maxilo-faciais a nível do país conta com seis especialistas, três dos quais na capital do país, dois na cidade da Beira e um em Nampula.
Vantagens da nova tecnologia
O médico-cirurgião explica que a nova modalidade permite ajustar correctamente as partes fracturadas do rosto. Referindo-se às vantagens, sublinhou que, com esta modalidade – uso de parafusos e mini-placas -, consegue-se ajustar exactamente os topos dos ossos quebrados, os quais ficam bem alinhados, tal como se encontravam antes do traumatismo craniano. O cirurgião referiu, ainda, que “na modalidade antiga de intervenção, o paciente era obrigado a ficar 40 dias de boca fechada, o que implicava perda de peso. Mas, actualmente, o paciente sai da intervenção sem quaisquer problemas e vai poder alimentar-se de imediato”.