Vários dos 11 idosos que morreram no sábado em um acidente envolvendo o autocarro no qual viajavam no sul do Chile tinham sido reconhecidos como Tesouros Humanos Vivos pela Unesco, pela prática da medicina mapuche ancestral, informaram neste domingo fontes oficiais.
Entre os passageiros do veículo que virou em uma estrada da região de Araucanía havia “avôs e avós que auxiliavam na área da saúde, escolhidos como Tesouros Humanos Vivos pela Unesco, e a própria presidente da República (Michelle Bachelet) os tinha reconhecido há pouco tempo”, afirmou o edil do município de Tirúa, Adolfo Millabur.
A autoridade explicou que alguns mortos exerciam a prática ancestral “Ngütamchefe” e foram reconhecidos em 2014 pela capacidade e sabedoria para regular fraturas, luxações, entorses, entre outros. Estas pessoas desempenhavam o papel de promotores da saúde mapuche e atendiam em um centro hospitalar público de Tirúa, no sul do Chile, onde vive o povo mapuche.
Às 18h local do sábado, um autocarro que transitava pela rota que une as localidades de Victoria e Curacautín, a cerca de 600 quilómetros de Santiago, virou quando levava um grupo de funcionários e idosos a um passeio, e deixou um saldo de 11 mortos e 20 feridos.
O motorista perdeu o controle do veículo, segundo a informação divulgadas pelos policiais, que tombou e se arrastou por vários metros enquanto transportava 45 pessoas.
Os feridos, vários deles em estado grave, foram levados a hospitais de localidades próximas.
Bachelet enviou suas condolências às famílias das vítimas através do Twitter e lamentou a notícia. “O meu mais profundo pêsames às famílias das vítimas e a minha solidariedade à comunidade de Tirúa”, afirmou a chefe de Estado na rede social.