O impacto da epidemia do coronavírus sobre a economia mundial é difícil de prever, dada a importância da China, a segunda potência económica, sublinhou, na passada quarta-feira, a directora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI).

“É demasiado cedo para dizer” qual vai ser o impacto sobre o crescimento da economia internacional”, afirmou Kristalina Georgieva, à cadeia televisiva CNBC.

Georgieva sublinhou que o cenário mais provável era o de uma forte baixa das actividades económicas na China, seguida de uma recuperação rápida, com um impacto mundial relativamente contido.

“Foi o que se passou na epidemia precedente” da SARS (sigla em inglês de síndroma respiratória aguda severa), em 2002/2003. Em tal cenário, o impacto sobre a economia mundial pode ser contido.

Em todo o caso, a dirigente do FMI relativizou as suas afirmações, sublinhando que o vírus e o respectivo contexto são diferentes.

Na altura, “a China era diferente”, isto é, pesava menos na economia mundial.

“O mundo era diferente”, acrescentou a directora-geral do FMI, salientando que o novo vírus “afecta claramente de forma mais dura” a actividade económica, quando “a economia mundial está mais fraca”.

Em relação à economia dos EUA, Kristalina Georgieva disse que está “muito sólida”, mas recomendou que se esperasse para ver a dimensão do impacto do coronavírus.

Com um tom positivo, Georgieva realçou que a capacidade de a China mobilizar recursos financeiros e estimular a sua economia, poderia atenuar os efeitos do vírus.

A Organização Mundial de Saúde estimou na quarta-feira que ainda era “demasiado cedo” para prever o fim da epidemia, relativizando o optimismo do Presidente chinês, Xi Jinping, que se tinha felicitado pela “evolução positiva” da crise.

    Fonte:Jornal Notícias

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