REPRESENTANTES das ligas femininas dos partidos políticos participaram, esta semana, numa formação sobre governação para promover e incentivar o aumento do número de mulheres na governação política, particularmente nos municípios.

A formação, subordinada ao tema “Proposta de Descentralização Política versus Oportunidades para o Fortalecimento e Liderança Política da Mulher”, pretende envolver mais a mulher no debate em torno de questões actuais, como é o caso da descentralização no país.

A iniciativa é da Gender Links Moçambique, uma organização não governamental que trabalha em prol da igualdade de género e justiça no país, que pretende contribuir para reverter o cenário de disparidade entre as mulheres e os homens que gerem os 53 municípios do país.

A ideia, segundo esclareceu Alice Banze, coordenadora da Gender Links Moçambique, é sensibilizar as líderes políticas femininas sobre a necessidade de despertarem e se juntarem à iniciativa de promoção do número de mais mulheres na governação, criar condições para que mais mulheres beneficiem de formações nas áreas de liderança e elevar a consciência para maior afluência de mulheres na gestão política.

“A capacitação surge pelo facto de se ter constatado que a questão de igualdade de género no país, particularmente na liderança política, continua a ser um grande desafio cuja solução passa pelo envolvimento de todos, particularmente da mulher”, afirmou Banze.

Acrescentou que a capacitação acontece igualmente por se aproximar a data das eleições autárquicas, de 10 de Outubro de 2018, e gerais e para as Assembleias Provinciais de 2019, em que se pretende que mais mulheres participem activamente na política nacional.

Por sua vez, Lucy Andrade, gestora do Programa de Democracia e Direitos Humanos na Embaixada da Suécia, em Maputo, afirmou que esta representação diplomática apoiou esta iniciativa por assumir que há uma necessidade de se incentivar a participação feminina no sistema de governação.

“Não é uma questão nova, e em todos os países há cada vez mais mulheres a participarem nos sistemas de governação e nós assumimos que Moçambique não pode ficar alheio a esta situação, mas é preciso que as mulheres tenham consciência disso e assumam que são capazes”, afirmou.

Sobre a escolha do tema, Lucy Andrade explicou que há uma necessidade de os partidos políticos, com assento parlamentar por exemplo, trabalharem para envolver mais a mulher na gestão das autarquias para o alcance da equidade e igualdade de género no país.

Disse que é por esta razão que se elegeu a Gender Links Moçambique, uma organização não governamental comprometida com a causa da igualdade de género e justiça, em conformidade com os dispositivos do protocolo da SADC sobre Género e Desenvolvimento, assinado pelos seus estados-membros em Agosto de 2016.

Fonte:Jornal Notícias

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