Infra-estruturas devem servir agricultura e turismo

Painelistas que participaram do debate sobre “Infra-estruturas de Desenvolvimento em África”, na Cimeira EUA-África, na cidade de Maputo, defenderam que é necessário fazer investimentos em infra-estruturas que garantam o desenvolvimento de sectores como agricultura e turismo no continente africano.

Para os mesmos, a exploração de recursos minerais, como gás, petróleo e carvão, devia produzir receitas para financiar sectores como agricultura, indústria transformadora, pescas e transportes, de modo que se tenha uma economia movida de várias actividades económicas. “Quanto mais receitas arrecadarmos, temos que construir infra-estruturas para agricultura, e turismo, como forma de diversificarmos a economia e torná-la mais inclusiva, disse o Presidente da Comissão Executiva da Sasol, Bongani Nqwababa. 

De acordo com dados do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o continente africano apresenta um défice de financiamento para infra-estruturas estimado entre 68 a 108 biliões de dólares americanos.

Por outro lado, os painelistas defenderam que África deve investir em energia limpa, como forma de garanatir que o ambiente receba pouco impacto das acções do homem, quando se fala de usar energia proveniente de recursos fósseis. “Nós precisamos também de transferir muitas fontes de energia a carvão para o gás natural, por se tratar de um recurso menos poluente e com menos impacto nefasto”, avançou Bongani Nqwababa, acrescentando que Moçambique leva uma vantagem na qualidade de produtor de gás e com grande potencial pela frente.

Para o Director-Geral da Deloite para África e Mercados Emergentes, Farid Fezoua, o investimento em energias renováveis é benéfico a logo prazo do ponto de vista de saldo ambiental e do ponto de vista do retorno que se tem, na medida em que se produz bastante lucro com empreendimentos do gênero.  

Em termos globais, mais de 150 milhões de pessoas conseguem acesso à energia eléctrica a cada ano, o que reduz o número de indivíduos que vivem sem energia eléctrica, mas isto não é suficiente para cumprir com as metas globais de acesso universal. 

Quase 89% do planeta tinha acesso à energia eléctrica em 2017, contra 83% em 2010, com avanços notáveis em África.

Fonte:O País

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