A vacinação do gado na sede do Distrito de Dôa, província de Tete, arranca esta semana após a confirmação, em testes laboratoriais, do surto de febre aftosa.

A doença confirmada em 81 animais, de um total de 640, levou à interdição, na semana finda, da movimentação de bovinos, suínos, caprinos e ovinos para a criação e abate, da carne e subprodutos destes animais a partir de Dôa, numa área que faz fronteira com o Malawi

A proibição, decretada pela Direcção Nacional de Veterinária (DINAV), inclui também o trânsito de forragens para a alimentação de animais provenientes da região. A suspeita surgiu após a deslocação dos animais para uma zona de abeberamento de água, no Malawi, que entretanto está infectada.

Segundo o director da DINAV, Américo Conceição, equipas do Ministério da Agricultura e Segurança Alimentar (MASA) deslocaram-se ontem ao distrito da Moamba, em Maputo, e para a província de Gaza, no âmbito das medidas de prevenção da doença.

“A vacinação é feita normalmente nas províncias de Maputo e Gaza, duas vezes por ano, por serem áreas de maior risco devido a fronteira com o Kruger Park. A província de Tete faz fronteira com o Malawi que registou casos de febre aftosa e agora temos que vacinar. Nunca tínhamos vacinado nesta província”, explicou.

Para além do arranque do processo de vacinação, as autoridades decretaram a intensificação de medidas de fiscalização do movimento e trânsito de animais, produtos, subprodutos e forragens ao longo das estradas, bem como impuseram o uso de rodilúvio e pedilúvio nos pontos-chave de entrada do distrito de Dôa e nos postos de fronteira com o Malawi.

Está ainda proibido o transporte, no mesmo veículo, de animais com destinos diferentes para além da obrigatoriedade da selagem dos veículos durante o movimento de gado, para além da inspecção em todas as rodovias da província.

As medidas adoptadas serão revistas em função da evolução da situação do surto no país. A febre aftosa é uma doença viral, altamente contagiosa em ruminantes e suínos, causada por sete serotipos do vírus do gênero Aphthovirus. Os mais comuns em Moçambique são o SAT 1, 2, 3 e O. As zonas Sul e Centro do país são as que têm sido mais afectadas por surtos de Febre Aftosa.

Fonte:http://www.jornalnoticias.co.mz/index.php/sociedade/74022-inicia-vacinacao-contra-a-febre-aftosa.html

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