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INS avalia impacto das mudanças climáticas na saúde

Uma plataforma lançada pelo mudanças climáticas na saúde(INS) de Moçambique vai avaliar o impacto das mudanças climáticas na saúde no Centro do país, e respectivas respostas sanitárias, foi anunciado hoje.

“O investimento em sistemas de saúde resilientes às mudanças climáticas não é uma escolha, mas sim um imperativo”, afirmou Cecília Chamutota, secretária de Estado em Sofala, após o lançamento, na Beira, na terça-feira, da Plataforma de Monitoria do Impacto das Mudanças Climáticas na Saúde.

A plataforma vai ser implementada inicialmente nos distritos de Dondo, Búzi e Nhamatanda, para ajudar o Ministério de Saúde a assegurar a prestação de cuidados em função das necessidades específicas e localizadas, numa região assolada por vários ciclones nos últimos anos. A plataforma permitirá ainda a partilha de experiências na resposta a emergências sanitárias, entre outros aspetos que visam melhorar a prestação de saúde em períodos de emergência.

O director nacional do INS disse que a implementação da ferramenta se justifica pela vulnerabilidade de Moçambique, por conta da localização geográfica do país.

Eduardo Samo Gudo garantiu que o sector da saúde tem vindo a trabalhar para responder aos novos desafios impostos pelas mudanças climáticas e o seu impacto na saúde.

“O Ministério da Saúde de Moçambique tem vindo a implementar diversas acções para edificar um sistema de saúde resiliente às mudanças climáticas”, afirmou.

Eduardo Samo Gudo disse acreditar no sucesso da plataforma e no possível futuro alargamento a outras províncias do país.

A coordenadora da área de saúde e ambiente do INS, Tatiana Marufo, disse que o novo sistema vai ajudar a identificar e garantir a devida assistência de saúde às comunidades em caso de calamidades naturais.

“Nós temos uma expectativa enorme em relação a esta plataforma, visto que pretendemos trabalhar com as comunidades mais vulneráveis para tentar perceber porque é que temos subsequentemente interrupção de prestação de cuidados de saúde. E assim nós vamos desenhar as melhores intervenções adaptadas ao contexto de cada distrito, para que tenhamos resiliência”, concluiu.

Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas, enfrentando ciclicamente secas, cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.

Fonte:O País