O ACTIVISTA norte-americano dos direitos civis, reverendo Jesse Jackson, diz que, na África do Sul, a luta deve continuar contra o“‘apartheid’ económico” , em sua opinião, ainda vigente.
Jackson disse que a liberdade não era o único objectivo da luta contra o “apartheid”.
“Tinhamos que ficar livres para sermos iguais. Sempre que o campo de jogo é equilibrado e as regras são públicas e as metas são claras, o árbitro é justo, a pontuação é transparente”, disse na noite de segunda-feira em Joanesburgo.
Jesse Jackson, 76 anos, falava no Instituto Gordon de Ciências Empresariais (GIBS) em Joanesburgo, num evento que também estava a ministra sul-africana da Governação Cooperativa e Governo Local, Zweli Mkhize.
“Por que não há outro massacre de Sharpeville na África do Sul? É por causa do comércio. Portanto, com os muros destruídos, a luta e a resistência terminados, o investimento está a chegar, mas é para uma minoritária”, disse.
O activista recordou que quando em 1979 visitou a África do Sul, vigorava o “apartheid” político, mas agora o país enfrenta o “‘apartheid’ económico”.
Acrescentou que “as armas com as quais lutamos para acabar com o ‘apartheid’ (…) devem agora ser aplicadas contra “‘apartheid’ económico”.
Para o reverendo norte-americano, os bancos, por exemplo, “não devem apenas investir em Sandton, mas também no Soweto. Essa é outra luta. Devemos nos engajar nela ”, afirmou.
Jackson participou no funeral de Winnie Madikizela-Mandela no sábado no Estádio Orlando, no Soweto, Joanesburgo. Na noite de segunda-feira foi tomado por grande emoção quando falou sobre Madikizela-Mandela. Elogiou-a como uma “luz no túnel” que manteve viva a memória de Nelson Mandela durante os seus 27 anos de prisão.
“Uma luz pode desafiar toda a escuridão”, disse.
Winnie Madikizela-Mandela, 81 anos, morreu em 2 de Abril depois de uma longa doença. Ela foi enterrada no Fourways Memorial Park no sábado. – TIMESLIVE
Fonte:Jornal Notícias