Vários jornalistas acreditados para a posse do novo Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, queixaram-se das condições de trabalho e das restrições, referindo que foram mesmo ameaçados “com tiros” caso furassem as regras de segurança.

A jornalista Amanda Audi, do site de notícias online The Intercept, manifestou-se indignada com as condições, referindo que “nem cachorros são tratados desta maneira”.

“Não se trata cachorro como os jornalistas são tratados na posse de Bolsonaro. Não tem água, precisa de autorização para ir ao banheiro, não pode circular para lugar nenhum, em jornada de 14 horas, fomos revistados duas vezes e nos alertaram, que há risco de levar bala dos atiradores”, relatou a jornalista no Twitter.

Por seu lado, Ana Dubeux, do Correio Braziliense, disse que profissionais da imprensa não tiveram direito à água e as idas à casa de banho eram restringidas e sempre acompanhadas por elementos da segurança.

Vários meios de comunicação social brasileiros mostram imagens de jornalistas a trabalharem sentados no chão, com os computadores portáteis sobre as pernas.

Também o veterano Keneddy Alencar, que trabalhou no jornal Folha de São Paulo e fez cobertura das guerras no Kosovo e no Afeganistão considerou injustificável o “rigor de segurança na posse” que “alimenta a narrativa de trama contra Bolsonaro”.

“Imprensa é tratada com desrespeito. Há ostentação militar nas ruas de Brasília inadequada numa democracia”, afirmou Kennedy Alencar.

Vicente Nunes, também do Correio Braziliense, afirmou no Twitter que correspondentes da China e da França decidiram abandonar a cobertura porque se recusaram a ficar “num cárcere privado” durante horas, recusando ficar sem liberdade de movimentos, tal como foi imposto pelo protocolo.

    Fonte:Jornal Notícias

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