O combate à discriminação contra pessoas com albinismo passa necessariamente pela implementação das leis vigentes em Moçambique e pela mudança de mentalidades no seio da sociedade, defendem participantes de um debate havido ontem, em Nampula.
Este é o ponto de vista dos participantes de um debate na Universidade Lúrio (UniLúrio), organizado por esta instituição de ensino superior no país, através da Faculdade de Ciências da Saúde, em parceria com a Associação Khanimambo, Amor à Vida e a Associação dos Albinos, no âmbito da comemoração do dia internacional da sensibilização ao albinismo, celebrado ontem.
O debate teve como objectivo chamar a sociedade ao respeito pelos direitos individuais.
Neste contexto, a vice-reitora académica da UniLúrio, Sónia Maciel, destacou ser crucial e imperativa a valorização da pessoa com albinismo, não só por serem pessoas normais, mas também porque é preciso eliminar todos actos de discriminação, por parte dos cidadãos e por parte do governo, “através da implementação das leis vigentes no país, para defesa de todos cidadãos, em particular aos albinos”.
Sobre o papel que a UniLúrio joga na luta contra estereótipos e diferenças contra os albinos, Maciel explicou que é através do ensino que se formam mentes que sabem ler sabiamente a sociedade.
Por esta via, segundo a fonte, citada pela AIM, a universidade tem sempre usado o ensino como ferramenta para difundir informações às comunidades sobre o albinismo para que saibam respeitar os direitos individuais que são inalienáveis.
Para o Padre Orlando Fausto, da organização Caritas, a sociedade precisa mudar de mentalidade, saber respeitar as diferenças e saber projectar um mundo sem desigualdades e sem fragmentações.
Todavia, explicou que tem recebido ajuda material e médica diversa destinada aos albinos.
Quem defende a ideia de que o albinismo é tido na perspectiva antagónica e binária é o docente da Faculdade de Ciências da Saúde, Edgar Manuel.
Fonte:Jornal Notícias