Segundo um comunicado divulgado pelo MPF, o ex-Presidente foi acusado dos crimes de corrupção passiva e branqueamento de capitais.

O órgão judiciário brasileiro acusa Lula da Silva de “estruturar, orientar e comandar esquema ilícito de pagamento de suborno em benefício de partidos políticos e funcionários públicos com a nomeação, enquanto Presidente da República, de directores da Petrobras orientados para a prática de crimes em benefício das empreiteiras Odebrecht e OAS”.

Em troca da articulação deste suposto esquema criminoso, o ex-chefe de Estado teria recebido em benefício próprio obras e benfeitorias relativas a uma quinta em Atibaia, cidade do interior de São Paulo, que foram custeadas ocultamente pelas empresas Schahin, Odebrecht e OAS.

A acusação refere-se a subornos de pelo menos 128 milhões de reais, supostamente pagos pela Odebrecht em quatro contratos firmados com a Petrobras, bem como vantagens indevidas de 27 milhões de reais, pagas pela OAS, em três contratos firmados com a estatal.

“Esses valores foram repassados a partidos e políticos que davam sustentação ao Governo de Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Progressista (PP) e o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), bem como aos agentes públicos da Petrobras envolvidos no esquema e aos responsáveis pela distribuição das vantagens ilícitas”, frisou o MPF.

O órgão de justiça brasileiro destacou que parte e do valor do suborno pago pela Odebrecht e pela OAS, no valor aproximado de 870 mil reais foi branqueado mediante a realização de reformas numa quinta para adequá-lo às necessidades da família de Lula da Silva.

Também foram denunciados José Adelmário Pinheiro Filho, pela prática dos crimes de corrupção activa e branqueamento de capitais, Marcelo Odebrecht e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, pelo crime de corrupção activa.

Outros acusados são José Carlos da Costa Marques Bumlai, Rogério Aurélio Pimentel, Emílio Alves Odebrecht, Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, Carlos Armando Guedes Paschoal, Emyr Diniz Costa Júnior, Roberto Teixeira, Fernando Bittar e Paulo Roberto Valente Gordilho, supostamente autores do crime de branqueamento de capitais.

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