As leis que advogam sobre os direitos da mulher têm levado a progressos no acesso deste grupo à Educação, cuidados de saúde, atendimento integrado às vítimas de violência, assegurando a sua participação na vida política e social do país.

A posição foi defendida ontem, em Maputo, pela ministra do Género, Criança e Acção Social, Cidália Chaúque, durante o encerramento de um ciclo de palestras sobre a violência doméstica em Moçambique.

As palestras, que tiveram lugar nas instituições de ensino superior públicas e privadas na cidade de Maputo e Matola, pretendiam reflectir sobre as formas de violência que afectam a sociedade e contribuir para a consciencialização de todos sobre este problema.

Cidália Chaúque disse, na ocasião, que a eliminação da violência doméstica deve constituir prioridade de todos os sectores da sociedade. Para ela, as instituições públicas e privadas, academias e sociedade civil devem participar com acções coordenadas e integradas na prevenção, combate e assistência às vítimas.

Dados sobre violência doméstica tornados públicos pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE) em 2016 apontam para o registo de mais de 20 mil casos de violência, com maior destaque para a praticada contra a mulher, rapariga, criança e pessoa idosa.

“Temos a convicção de que os dados disponíveis constituem uma pequena amostra da realidade, pois muitas vítimas se mantêm em silêncio devido a práticas sociais nocivas, exigindo a intervenção de todos”, acrescentou.

Por sua vez, o reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Orlando Quilambo, afirmou que os debates havidos durante o ciclo de palestras foram espaço de manifestação do ódio e repulsa contra a violência doméstica e para o compromisso das universidades em acabar com este mal.

“Assim, mais do que agentes de advocacia, as instituições de ensino superior devem aprofundar as causas da violência doméstica e propor medidas para dar lugar a resultados duradoiros, baseados em estudos dos diferentes casos”, defendeu.

    Fonte:Jornal Notícias

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