Malária aumentou em Nampula mas não matou

Os casos de malária aumentaram em 15% na província de Nampula na última semana do mês de Janeiro findo, comparando com igual período do ano passado. Os hospitais andam cheios e o Ministério da Saúde diz que há medicamentos.

O Centro de Saúde de Namicopo, localizado no posto administrativo com mesmo nome, na periferia da cidade de Nampula atende em média diária 800 pacientes de consultas externas, dos quais mais de 500 são adultos e o remanescente, crianças.

Antes das 7h30 minutos de ontem a nossa equipa de reportagem escalou aquela unidade hospitalar, onde encontrou uma enchente fota do comum, com muitos doentes a aguardarem pelo atendimento sentados no chão e outros a dormirem nas mesmas condições.

Situação idêntica encontramos no Centro de Saúde 1º de Maio, no centro da cidade de Nampula.

Neste período chuvoso, a malária é uma das principais doenças que levam ao atendimento e internamento nos hospitais, um pouco por todo o país, devido ao deficiente saneamento do meio que favorece a reprodução do mosquito.

“Estou com dores de cabeça e em todo o corpo”, anunciou o jovem Abduremane Abdala, com a voz a denotar cansaço pela dor que acompanha a enfermidade. O mesmo quadro apresentava Ari Eurico, que a encontramos na longa fila da farmácia do Centro de Saúde de Namicopo onde pretendia adquirir medicamentos. “Já fui atendida. O médico disse que tenho malária”.

Na semana de 20 a 26 de Janeiro findo a província de Nampula registou 49.833 casos de malária, contra 41.391 de igual período de 2019, o que representa um aumento em 15%, de acordo com a Direcção provincial da Saúde em Nampula.

O Ministério da Saúde, através do depósito provincial de medicamentos naquele ponto do país garante a disponibilidade de antimaláricos e avançou que nos 23 distritos da província de Nampula foram enviados os medicamentos para cobrir um período de três meses.

“Estamos atentos ao aumento de casos de malária. Estamos a trabalhar com os depósitos distritais de modo a garantirmos que não haja roptura de “stock” de medicamentos ao nível das unidades sanitárias”, disse Joaquim Rodrigues, responsável pelo depósito de medicamentos em Nampula.

Com cerca de 6 milhões de habitantes, Nampula é a província mais populosa e uma das que apresentam mais casos de malária, diarreia e desnutrição.

 

 

 

Fonte:O País

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