Banco Central do Malawi solicita moratória sem juros adicionais aos credores bilaterais, face a ascensão da dívida do país, que atingiu 1,2 mil milhões de dólares.

O Malawi pretende alocar as poucas divisas disponíveis para outras necessidades económicas, o que poderá ajudar o país a ter uma sustentabilidade da sua dívida.

Para o efeito, o Banco de Reserva do Malawi, envolveu credores bilaterais em acordos de reestruturação da dívida, um exercício que está a surtir efeitos encorajadores, a avaliar pelo nível de aceitabilidade das propostas que tem sido apresentadas às instituições e países merecedores.

Em comunicado, o Banco Central afirma que as negociações foram positivas e os credores mostraram vontade de ajudar o país a reduzir a sua dívida.

O porta-voz do Banco de Reserva do Malawi, Mark Lungu, disse que as negociações da dívida devem ser entendidas no contexto da reestruturação e não necessariamente no cancelamento da mesma.

Entre 2012 e 2020, o Governo do Malawi contratou vários créditos denominados em moeda estrangeira com diferentes credores externos, cujos reembolsos começaram depois de Junho de 2020.

De acordo com o Banco Central, do total da dívida de aproximadamente 1,2 mil milhões de dólares, 800 milhões de dólares foram contratados ao Afreximbank.

Na semana passada, o Governador do Banco Central do Malawi, Wilson Banda, indicou que acordos de reestruturação da dívida com credores como o Afreximbank e o Banco de Comércio e Desenvolvimento poderiam ajudar o país a poupar 700 milhões de dólares, no pagamento da dívida durante o período de moratória.

Além do Banco Central, por várias vezes o presidente do Malawi Lazarus Chakwera, liderou equipas técnicas para os países credores, pedindo a restruturação ou mesmo clemência para o cancelamento da dívida, que representa 69,9% do PIB, considerado insustentável. (RM Blantyre)

Fonte:Rádio Moçambique Online

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